PT anuncia processar jornalista por Fake News envolvendo ação da PF contra senador e deputada - Estado do Pará Online

PT anuncia processar jornalista por Fake News envolvendo ação da PF contra senador e deputada

O PT no Pará processará o jornalista Olavo Dutra por calúnia sobre Beto Faro e Dilvanda Faro. Entenda os detalhes.

Card publicado por petistas nas redes sociais acusa matéria de jornalista como sendo Fake News
Card publicado por petistas nas redes sociais acusa matéria de jornalista como sendo Fake News. Logo depois, uma Nota Oficial anunciou o processo contra Olavo Dutra.

O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Pará anunciou que irá processar o jornalista Olavo Dutra por veiculação de informações falsas envolvendo o senador Beto Faro e a deputada federal Dilvanda Faro, ambos as duas maiores lideranças petistas no estado.

A informação foi confirmada em nota oficial divulgada no início da noite desta terça-feira, 8, em que o partido denuncia a publicação como caluniosa e “um grave atentado à honra e à imagem de representantes eleitos pelo povo”.

Segundo o PT, não procede a informação de que o senador e sua esposa teriam sido alvo de uma operação da Polícia Federal, como divulgado em matéria assinada por Dutra. A legenda afirma que o conteúdo publicado é “mentiroso e irresponsável”, e que tomará as medidas legais cabíveis nas esferas cível e criminal.

“A publicação viola frontalmente o artigo 5º da Constituição Federal, que garante a inviolabilidade da honra, da imagem e da vida privada dos cidadãos”, destaca o comunicado. O partido ainda cita que as ações judiciais contra o jornalista terão como base os crimes contra a honra e as diretrizes do Marco Civil da Internet, legislação que regulamenta o uso da internet no Brasil, inclusive no que diz respeito à responsabilidade por conteúdos publicados.

A nota oficial termina com tom contundente:

“A tentativa de manchar a reputação de representantes do povo não ficará impune. Mentiras não prevalecerão.”

Até o momento, Olavo Dutra não se manifestou publicamente sobre o anúncio do processo, no entanto retirou a matéria do seu portal e de suas redes sociais, onde explicou o motivo da retirada, assumindo que errou. No entanto, o “estrago estava feito”, confidenciou um petista que enviou a nota à redação do EPOL.

A ação do PT acontece em um momento de intensificação dos debates sobre os limites entre liberdade de imprensa e responsabilização por notícias falsas ou sem comprovação. Juristas e entidades ligadas ao jornalismo devem acompanhar o caso com atenção, uma vez que ele pode abrir precedentes sobre a responsabilização de profissionais da imprensa em tempos de desinformação digital.

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