Psica lança Casa Dourada como novo ponto cultural - Estado do Pará Online

Psica lança Casa Dourada para fortalecer cultura e clima em Belém

Casa Dourada será inaugurada antes da COP30 e seguirá ativa como espaço de referência para cultura e justiça climática

Créditos: Divulagação/Psica

Conhecido por dar visibilidade à produção cultural da periferia do Norte e reunir grandes nomes da Pan-Amazônia em Belém, o Festival Psica anunciou nesta sexta-feira (2) a criação de um centro cultural permanente na capital paraense: a Casa Dourada. O espaço, localizado em um casarão no centro histórico da cidade, será sede do Instituto Psica e funcionará como hub cultural e socioambiental antes, durante e depois da COP30, conferência do clima que ocorrerá em 2025 na capital.

O Psica, que em 2024 reuniu mais de 100 mil pessoas e se consolidou como o maior festival de música do Pará, busca deixar um legado duradouro. “Desde que a COP foi anunciada em Belém, vimos muitas organizações de fora instalando casas temporárias para o evento. Para nós, era essencial criar algo que permanecesse, um espaço de longo prazo para a região”, afirma Jeft Dias, diretor da Psica Produções.

A Casa Dourada contará com programação fixa de exposições, rodas de conversa, encontros sobre juventude e justiça climática, pocket shows, performances, gastronomia amazônica e coworking para organizações da Pan-Amazônia.

O projeto foi idealizado em parceria com a consultoria Impact Beyond, com patrocínio do Instituto HEINEKEN e apoio da Open Society Foundations e da World Climate Foundation. Com meta de impactar 5 milhões de pessoas nos próximos cinco anos, a iniciativa defende a cultura ancestral como ferramenta para enfrentar a crise climática. “Unir clima e cultura é estratégico. Quem é do Norte sabe que natureza e cultura são inseparáveis”, destaca Gerson Dias, também da Psica Produções.

Para Vânia Guil, Head do Instituto HEINEKEN, o espaço consolida um novo modelo de impacto. “Projetos como a Casa Dourada não apenas valorizam as riquezas culturais da Amazônia, mas também impulsionam soluções criativas para os desafios globais”, avalia.

Flora Bitancourt, cofundadora da Casa e líder da World Climate Foundation no Brasil, reforça que a proposta é ser referência: “Nosso desejo é que a Casa Dourada se firme como um farol cultural no coração da Amazônia, e também como berço de soluções baseadas na cultura, na sociobioeconomia e na inovação que parte da Amazônia para o mundo”.

Ao anunciar a novidade, Jeft Dias concluiu: “Tem uma COP atravessando a Amazônia ancestral. A Casa Dourada chega como essa encruzilhada de águas que confluem para Belém, valorizando a sabedoria milenar dos povos e ampliando vozes”.

Leia também: