O técnico António Oliveira foi apresentado como novo treinador do Remo no final da sexta-feira, 20. Na sala de imprensa do Estádio Banpará Baenão, o português de 42 anos explicou os motivos que o trouxeram ao clube. O Leão será a primeira equipe da Série B do futebol brasileiro que António vai comandar. Além disso, será a estreia do treinador na região norte do país.
Segundo António, o “projeto” do clube chamou a atenção. No entanto, ele não revelou de forma detalhada o que consta no que foi apresentado pela diretoria à ele, destacando apenas a questão da “ambição” das pessoas que estão no clube como fator principal do projeto.
“É um dos momentos mais desafiantes (da minha carreira). O que me traz aqui é que são esses momentos que marcam a minha carreira. Diversas situações foram postas na mesa. A vontade enorme que os paraenses tem em voltar a ver o Remo na elite do futebol brasileiro. O incentivo de ver gente vencedora do meu lado. O importante agora nao é onde estive, mas onde estou. Estou com esse espírito e missão. Há muito tempo não me vejo nessa situação. Muito feliz aqui. Ajudar a potenciar os recursos, pessoas e principalmente vencer. Através das vitórias vamos conseguir trazer mais pessoas ao projeto”, disse.
Antes de chegar ao Remo, António Oliveira esteve no comando do Sport Recife. No entanto, a passagem pelo clube pernambucano durou apenas 28 dias, períodos onde disputou quatro jogos com três derrotas e um empate.
A demissão do treinador em menos de um mês de trabalho no último clube deixou o torcedor do Remo preocupado. Porém, ao ser apresentado pelo Leão, António ressaltou que a avaliação em torno do trabalho de um treinador deve levar em consideração diversos aspectos.
“Tem que ser avaliada a competência (do treinador). Não podemos viver do modismo. Temos que avaliar o dia a dia do treinador, capacidade de treinar, gerir pessoas, dar ideias a equipe. Evidente que há uma coisa que avalia claramente o treinador, que é o resultado. Já passei por contextos de clubes e estrutura que são referencias no futebol brasileiro. O meu trabalho no Brasil foi construído naturalmente, eu não pedi para estar aqui. O objetivo inicial agora é ganhar jogos, ter ambição e espírito competitivo. Ver o Remo na elite do futebol brasileiro é o que queremos”.
Lembrança do pai
Um outro ponto destacado por António Oliveira na chegada ao Remo foi a relação com o pai. Filho do ex-jogador português Toni, o novo treinador azulino revelou que teve uma “porcentagem” do pai na hora de aceitar a proposta para comandar o clube na sequência da Série do Campeonato Brasileiro.
Em 1968, o Benfica esteve em Belém para encarar o Remo em um amistoso. No Estádio Banpará Baenão, as duas equipes empataram em um a um e a partida marcou a estreia de Toni, pai de António, pela equipe lusitana.
“Um dos (motivos de aceitar o Remo) está ligado a pessoa mais importante da ninha vida, o meu pai. Hoje sou muito dele. Quem diria que eu estaria onde ele estreou. Uma porcentagem da minha escolha foi isso. Quero deixar claro que não foi o meu pai que me fez vim para cá. É mais um sinal, mais íntimo de uma das minhas grandes referências. O projeto da grandeza do clube pesaram também”, contou
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