A produção sustentável do Pará ganhará espaço de destaque na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em Belém, em novembro de 2025. Durante o evento, uma exposição organizada pela Embrapa, com apoio do Governo do Pará, apresentará as principais iniciativas tecnológicas e ambientais que garantem a compatibilização entre a agropecuária e a preservação da Amazônia.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (18) durante reunião no Palácio do Governo, onde o governador Helder Barbalho recebeu o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá. O encontro discutiu o papel do setor produtivo na agenda climática e a participação do Brasil na COP 30.
Sustentabilidade e inovação na agropecuária
Durante a reunião, Helder Barbalho ressaltou a importância da conciliação entre preservação ambiental e produção agropecuária. “O Pará possui mais de 75% de sua vegetação nativa preservada e, ao mesmo tempo, se destaca como grande produtor de alimentos. Temos o segundo maior rebanho bovino do Brasil e lideramos culturas como açaí e cacau, além de avançarmos em sistemas agroflorestais”, afirmou o governador.
O ministro Carlos Fávaro destacou a importância da presença da agropecuária brasileira na conferência. “Queremos que os visitantes da COP conheçam nossos sistemas produtivos e vejam que o Brasil utiliza ciência e tecnologia para garantir uma agricultura sustentável. A Embrapa, maior empresa de pesquisa agropecuária do mundo, terá um espaço dedicado a mostrar essas práticas inovadoras”, declarou.
Para Silvia Massruhá, a COP 30 será uma oportunidade para apresentar ao mundo as soluções desenvolvidas ao longo dos 52 anos da Embrapa. “Chamam a Embrapa de ‘a NASA brasileira da agropecuária’. Nosso objetivo é mostrar como a tecnologia permitiu o avanço de um setor que alia produtividade e sustentabilidade ambiental, econômica e social”, disse a presidente da instituição.
Rastreabilidade e novos mercados para o agronegócio paraense
Helder Barbalho também destacou a importância da rastreabilidade do rebanho paraense como ferramenta de controle ambiental e ampliação de mercados internacionais. “O Pará foi o primeiro estado do Brasil a adotar esse sistema. A rastreabilidade reduz o desmatamento ilegal e agrega valor à nossa produção, garantindo que a carne paraense seja oriunda de áreas regularizadas”, explicou.
O ministro Fávaro reforçou que o Pará simboliza uma nova fase da agropecuária nacional. “O Pará transformou desafios ambientais em oportunidades, provando que é possível produzir com responsabilidade. Na COP 30, não há lugar melhor para demonstrar ao mundo que o Brasil pode crescer com segurança e rastreabilidade”, concluiu.
A reunião contou com a presença do secretário de Agricultura e Pecuária do Pará, Giovanni Queiroz, além de representantes do setor produtivo e do Comitê Estadual para a Realização da COP 30.
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