Prisões e apreensão de celulares pela PF marcam o cerco contra bolsonaristas

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Ex-assessores, parlamentares, seguidores e até o adovogado do ex-presidente Jair Bolsonaro são alvos de operações da Polícia Federal.

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O hacker Walter Delgatti confirmou à Polícia Federal que recebeu R$ 40 mil da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para invadir sistemas do poder Judiciário. O depoimento ocorreu ontem, 16. Seu advogado, Ariovaldo Moreira, afirmou que o pagamento foi feito em parte em espécie e parte por transferência bancária.

Um vídeo que circula pelas redes sociais revela os acontecimentos que precederam as operações policiais que a PF mantém em curso.

Delgatti apresentou provas relacionadas aos pagamentos durante o depoimento. Ele foi preso em 2 de agosto como parte de uma investigação da PF sobre tentativas de invasão nos sistemas judiciais. A polícia suspeita que Zambelli tenha contratado o hacker para manipular documentos no sistema judicial e possivelmente interferir em urnas eletrônicas. Zambelli nega qualquer envolvimento, e sua defesa rejeita as acusações, afirmando que a parlamentar não realizou pagamentos ao hacker.

CELULAR DO ADVOGADO

Em outra operação da PF realizada ontem, os agentes federais localizaram Frederick Wassef, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma churrascaria de um shopping de São Paulo e apreenderam seu celular, aumentando a exposição do ex-presidente nas investigações das joias que ele e Michele Bolsonaro receberam da ditadura da Arábia Saudita.

Wassef é uma figura ligada a diversos assuntos judiciais complicados para a família e o grupo político bolsonarista. A apreensão do celular do advogado pode complicar ainda mais a situação de Bolsonaro, que já está inelegível pelos próximos 8 anos.

PASTOR BOLSONARISTA PRESO

O pastor Dirlei Paiz, preso na operação Festa da Selma da Polícia Federal, é um dos líderes do movimento golpista em Blumenau, Santa Catarina. Ele recepcionou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e é conhecido por expressar ódio contra a esquerda e defender, com unhas e dentes, o ex-presidente nas redes sociais.

Dirlei foi detido na 14ª fase da operação Lesa Pátria, que investiga suspeitos de incitarem, participarem e fomentarem atos golpistas de 8 de janeiro. A operação cumpriu 10 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em diversos estados. Os investigados são acusados de crimes como associação criminosa, incitação ao crime, dano qualificado, entre outros, relacionados às invasões e atos violentos do movimento chamado “Festa da Selma”.

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