Na noite em que o resultado do segundo turno das eleições acabava de ser anunciado, o prefeito de Novo Progresso, reeleito com 81,61% dos votos, Gelson Dill (MDB) era exibido em rede nacional, através da reportagem “Família ligada ao maior desmatador da Amazônia usa dinheiro público para destruir floresta e lucrar”, exibida no Domingo Espetacular, da TV Record, apontado como membro de um esquema ilegal que usa o desmatamento e a produção e corte ilegal de gado, contribuindo para o desmatamento e as queimadas na Amazônia.
No ano em que o Pará recebe a COP30, o prefeito acusado de diversos crimes e que faz parte do MDB, partido do governador Helder Barbalho (MDB), poderia pelo menos ser conduzido para o Conselho de Ética do MDB-PA, até que toda a investigação pudesse ser concluída, mas isso não ocorreu e o caso segue silenciado entre a classe política e os poderes legislativo e judiciário no Pará.
O presidente estadual do MDB no Pará é o ministro das Cidades no governo Lula, Jader Filho, que sequer comenta casos como esse, em que um membro do partido é acusado de crimes e desvios éticos que poderiam servir de exemplo para coibir uma prática recorrente nos rincões do estado do Pará.
A reportagem revelou que para tentar encobrir ou legalizar o desmatamento, muitos fazendeiros recorreram a um esquema de fraudes que permite que produtores que criam gado em áreas embargadas consigam empréstimo em bancos estatais que acabam servindo para financiar novos desmatamentos. Segundo a PF, o esquema de fraudes era comandado por uma família tradicional do agronegócio, a família Dal Magro, que atua na área de serviços de consultoria e também é dona de várias fazendas no Pará. O patriarca, Bianor Dal Magro, é conhecido como o rei da grilagem.
As equipes da Record acompanharam operações da Polícia Federal e do Ibama contra essas ações criminosas e você pode assistir abaixo a matéria completa, veiculada no último domingo (28).
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