Prefeito de Oriximiná descumpre mais uma ordem judicial

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), através do Gaeco, foi até a prefeitura de Oriximiná e mais uma vez constatou uma medida judicial descumprida, ela diz respeito à disponibilização de um gabinete para o vice-prefeito da cidade

Homem com um chapéu de palha e camiseta branca. Ele segura um microfone
Reprodução: Instagram

O delegado bolsonarista William Fonseca (REPUBLICANOS), prefeito de Oriximiná, mais uma vez descumpriu uma ordem judicial.

Desta vez, o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), sob comando da promotora Dr. Ana Maria, esteve na prefeitura da cidade para verificar o possível não cumprimento de uma ordem judicial, que determinava a disponibilidade de um gabinete para o vice-prefeito da cidade, Argemiro Jorge Bentes Diniz. 

Quando equipes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) chegaram no local, constataram, mais uma vez, que a ordem judicial não havia sido cumprida. 

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HISTÓRICO COMPLICADO

Polêmico, o bolsonarista Willian Fonseca tem 37 anos, é delegado e foi eleito prefeito de Oriximiná nas eleições municipais de 2020. Já em 2021, Fonseca foi cassado acusado de suposta infração político-administrativo, a exemplo de contratação de pessoal para cargos não criados por lei, além da beneficiação de aliados políticos. Depois de cassado, ele chegou a retornar para a prefeitura por outras três vezes, todas as decisões de reintegração ao cargo foram derrubadas posteriormente.

Em 2022, Fonseca foi preso por destruição de provas, posse ilegal de arma de fogo, disparo ilegal de arma de fogo, ameaça de morte, desobediência e resistência, durante a operação “Contenção” deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI). O prefeito se recusou a entregar seu telefone celular aos agentes do Gaeco e deu três tiros no aparelho.

Já em junho deste ano, a Polícia Civil abriu um novo PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra Fonseca. A abertura do processo foi oficializada através do diário oficial do Estado e o documento foi assinado pelo delegado-geral Walter Resende.

Em outubro, Fonseca foi condenado pela Justiça após ter agredido um repórter em local público. O profissional Waldiney Ferreira, da Rádio Sucesso FM foi atingido com um chute e soco enquanto filmava o prefeito deixando o prédio da Câmara Municipal.

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