Polícia Civil desarticula esquema de falsificação de diplomas no Pará

Foram cumpridos, após um mês de investigação, cinco mandados de busca e apreensão em três cidades: Oeiras do Pará, Belém e Curralinho

Homem sendo preso pela polícia
Reprodução/Polícia Civil. O principal alvo da operação, Livaldo de Almeida Amaral, foi preso em flagrante com documentos falsos e por estelionato.

Polícia Civil do Pará realizou, nesta sexta-feira (21), a operação “Last Prom” (Último Baile) para desmantelar uma associação criminosa envolvida na criação de polos de educação à distância falsos utilizando a logomarca da Universidade Paulista (UNIP). A operação foi desencadeada após um mês de investigação conduzida pela Delegacia de Polícia de Oeiras do Pará.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em três cidades: Oeiras do Pará, Belém e Curralinho. O principal alvo da operação, Livaldo de Almeida Amaral, foi preso em flagrante com documentos falsos e por estelionato. Ele fundou o primeiro polo na localidade de Monte das Oliveiras, Rio Itaucu, em Oeiras do Pará, e se apresentava como coordenador regional da UNIP em várias comunidades da região do Marajó.

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Desde 2017, o grupo angariou centenas de alunos, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas, incluindo Pedagogia e História. Ao final dos cursos, eram entregues certificados falsos. As investigações revelaram a existência de cinco polos ilegais: Itaucu e Santino em Oeiras do Pará, e Piriá, Canaticu e Nova Jerusalém em Curralinho. Há a possibilidade de outras unidades fraudulentas em regiões isoladas.

A operação contou com a participação das equipes de Oeiras do Pará e da Superintendência do Baixo Tocantins – Abaetetuba. A abordagem ao suspeito ocorreu na cidade de Curralinho, onde ele estava para participar de um baile de formatura. Durante a operação, foram apreendidos certificados falsos, boletos em nome da UNIP, becas, canudos de formatura, computadores e outros itens relacionados ao esquema.

Em Belém, a equipe de Abaetetuba cumpriu mandados de busca e apreensão no endereço do suspeito, encontrando mais computadores e documentos falsificados. Diversos alunos, ao descobrirem que foram vítimas de estelionato, compareceram à Delegacia de Polícia para prestar depoimento. As investigações indicam que o esquema causou um prejuízo de aproximadamente 12 milhões de reais, com mais de mil vítimas.

Livaldo de Almeida Amaral foi preso em flagrante e será encaminhado ao presídio, ficando à disposição da Justiça. A Polícia Civil solicita que quaisquer informações que possam ajudar nas investigações sejam encaminhadas ao Disque-Denúncia (181), com a possibilidade de enviar fotos, vídeos, áudios e localização pelo WhatsApp (91) 98115-9181. As denúncias podem ser feitas anonimamente.

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