O Conselho de Ética do Partido Liberal (PL) decidiu expulsar o deputado estadual paraense Aveilton Souza, o partido vai requerer o mandato do agora ex-filiado.
Segundo fontes de dentro do partido, tudo começou quando Aveilton se negou a assinar o projeto de lei do deputado estadual Rogério Barra (PL) que daria o título de cidadã paraense para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Aveilton haveria justificado que Michelle “nunca fez algo relevante para o estado e por esse motivo não merecia o título”, após essa afirmação, Rogério Barra, que é filho do deputado federal Éder Mauro (PL) havia se enfurecido, acusando Aveilton de ser uma “melancia” (termo criado no período da ditadura militar que se refere a pessoas que são “verdes por fora e vermelhas por dentro”).
As fontes ainda afirmam que Rogério Barra passou a acusar Aveilton de ter aproveitado a onda bolsonarista para chegar na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, e que agora “barbalhou”.
As primeiras informações são que Aveilton está de malas prontas para o Progressistas (PP), partido que faz parte da base do governador Helder Barbalho (MDB) e do presidente Lula (PT).
Procurado pela equipe de reportagem do Portal Estado do Pará Online, o deputado Aveilton Souza declarou que ainda não foi oficialmente notificado sobre a expulsão.
Natural de Rurópolis, Aveilton Souza tem 35 anos, é advogado, foi procurador geral de Novo Repartimento e em 2020 assumiu o cargo de superintendente regional do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no sul e sudeste do Pará, através da gestão dele à frente do órgão, foram pagos mais de R$35 milhões em créditos e entregues mais de 50 mil documentos titulatórios a famílias que aguardavam a muitos anos. Em 2022, Aveilton foi eleito deputado estadual com 23.230 votos.