PF fecha garimpos reincidentes em Curionópolis

O valor do ouro extraído ilegalmente ultrapassa R$ 12 milhões, e o prejuízo socioambiental é estimado em quase R$ 50 milhões, segundo a calculadora de impactos monetários do Ministério Público Federal.

Divulgação Polícia Federal

Nesta sexta-feira (12), a Polícia Federal executou três mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Novo Eldorado, no município de Curionópolis, sudeste do Pará. A ação focou em locais de extração ilegal de ouro, que já haviam sido alvo da primeira fase da operação em abril deste ano.

Durante a operação, foram desativados três pontos de garimpo, onde a equipe encontrou quatro escavadeiras e um motor, que foram inutilizados devido à impossibilidade de remoção da área. Além disso, foram apreendidos três celulares e trinta e seis munições de calibre 38. Os responsáveis pela coordenação do crime ambiental foram identificados, mas ninguém foi preso.

Reprodução PF

A necessidade da segunda fase da operação surgiu após a reativação de alguns pontos de garimpo ilegal, mesmo após a ação inicial da Polícia Federal em abril. Os garimpos ocupam uma área superior a 22 hectares, com resíduos de garimpagem se sedimentando no leito dos rios da região, especialmente no Rio do Sereno. O valor do ouro extraído ilegalmente ultrapassa R$ 12 milhões, e o prejuízo socioambiental é estimado em quase R$ 50 milhões, segundo a calculadora de impactos monetários do Ministério Público Federal.

A extração predatória de ouro na região tem causado grave contaminação dos rios e do solo. Um dos objetivos da segunda fase da operação era verificar se o ouro estava sendo recuperado com o uso de mercúrio ou cianeto, confirmando-se o uso de mercúrio.

A Polícia Federal mantém uma vigilância constante contra os garimpos ilegais na região. As operações atuais são desdobramentos de outras ações recentes, como a Operação Boa Sorte, deflagrada em dezembro de 2023, que também focou na extração ilegal de ouro.

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