Paulo Cohen é militante petista e dirigente nacional e estadual da CMP – Central de Movimentos Populares. Ele protagonizou uma cena inusitada durante reunião preparatória para o “Diálogos Amazônicos”, evento que antecede a “Cúpula da Amazônia”, onde estarão presidentes de nove nações amazônicas, representantes da ONU e de países convidados que participarão da COP30.
Perante autoridades municipais e representantes de movimentos sociais e de universidades, bem como do governo federal e estadual, o militante fez um discurso contundente e criticou o fato dos líderes de países – sobretudo europeus, que querem que a Amazônia seja preservada, mas que devastaram suas florestas e exploraram o continente africano, além de que continuam explorando nossas riquezas – cobrem o fim do desmatamento da Amazônia. “Que mandem bilhões e até trilhões“, cobrou.
Citando diversas mazelas vivenciadas pelos povos que habital na Amazônia, como a falta de saúde, educação, habitação, cultura e lazer, Paulo Cohen destoou do clima de união entre o Brasil e as demais nações, sobretudo a Alemanhã, Reino Unido, Noruega e Suiça, países europeus que investem no Fundo Amazônia, principal instrumento financeiro de combate ao desmatamento e preservação da floresta e que tem os países europeus como principais investidores.
Ainda em seu discurso, Paulo Cohen elogiou o Ministério das Cidades, que tem como títular Jader Filho, presidente do MDB no Pará e irmão do governador Helder Barbalho (MDB), que comanda a classe política paraense e que fazem questão que todos venham pra cá e tragam os recursos para os fundos que devem arrecadar bilhões nos próximos anos.
Assista na íntegra o discurso do militante petista:
O QUE É O EVENTO?
De acordo com o governo Lula, o Diálogos da Amazônicos é um conjunto de iniciativas da sociedade civil organizada com o objetivo de pautar a formulação de novas estratégias para a região. Envolvem, desde a sua organização, representantes de entidades, movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais, do Brasil e demais países amazônicos.
O evento integrará a programação da Cúpula da Amazônia, que se estenderá até 9 de agosto na capital paraense, e seus resultados serão apresentados por representantes da sociedade civil aos líderes reunidos na Cúpula.
As atividades serão divididas entre plenárias (organizadas pelo Governo Federal, com ampla participação social) e atividades auto-organizadas por entidades da sociedade civil, academia, centros de pesquisa e agências governamentais.
A reconstrução das políticas públicas para a região amazônica é uma das prioridades anunciadas pelo presidente Lula, e a Cúpula da Amazônia será um importante marco neste sentido, representando a maior iniciativa internacional do Brasil em 2023.
Da mesma forma, o Governo Federal entende a participação social como um elemento central para a promoção do desenvolvimento sustentável e integrado das diversas Amazônias, com inclusão social, responsabilidade e justiça climática.
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