Uma pesquisa do instituto Genial/Quaest revela que 47% dos brasileiros são contrários à redução das penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, tema que voltou ao centro do debate após o avanço do PL da Dosimetria no Congresso Nacional. Por outro lado, 43% afirmam apoiar a diminuição das punições.
O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (17) e aponta um cenário de forte polarização política em torno do tema. De acordo com os dados, 24% dos entrevistados defendem a proposta atual de redução das penas, enquanto 19% avaliam que as punições deveriam ser ainda mais severas do que as aplicadas atualmente.
A pesquisa também mostra que a rejeição à redução das penas é maior entre eleitores identificados com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva: 77% dos que se dizem lulistas são contra qualquer flexibilização. Já entre os entrevistados que defendem uma redução ainda maior das punições, 53% se declaram bolsonaristas.

Entre os brasileiros que se consideram independentes, sem alinhamento político definido, 48% são contrários à diminuição das penas impostas aos condenados pelos atos antidemocráticos.
O levantamento ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 11 e 14 de dezembro, em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O debate sobre a dosimetria das penas ganhou força nos últimos dias após a aprovação do projeto no Senado, com críticas de que a medida pode beneficiar envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes e até alcançar figuras centrais investigadas pelos atos golpistas.
Leia também:












Deixe um comentário