Uma pesquisa realizada com a oleorresina de copaíba da espécie Copaifera reticulata, coletada na Floresta Nacional do Tapajós (PA), apontou potencial anticancerígeno e anti-inflamatório da substância. Os resultados fazem parte da tese de doutorado da pesquisadora Jhéssica Caetano Frota, concluída no programa de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, e dão continuidade a estudos iniciados em 2018 na Ufopa.
Resultados pré-clínicos
Nos experimentos, linhagens de glioblastoma e câncer de mama, pulmão, colo retal e ovário resistente foram expostas à oleorresina e a suas frações. Segundo os dados apresentados, houve redução da proliferação celular e, em alguns casos, morte das células tumorais.
Na etapa com animais, o tumor foi induzido em camundongos, e a substância foi administrada por via oral. As menores doses da oleorresina bruta e da fração volátil reduziram significativamente o crescimento tumoral, além de demonstrar efeito anti-inflamatório associado à redução do processo inflamatório no tecido analisado.
Conhecimento tradicional e validação científica
O óleo de copaíba é utilizado há séculos na medicina popular da Amazônia como cicatrizante, anti-inflamatório e antimicrobiano. Para a pesquisadora, os resultados reforçam a importância de investigar produtos tradicionais da biodiversidade amazônica.
Próximos passos
A pesquisa permanece em estágio pré-clínico. Segundo a autora, ainda é necessária a realização de estudos complementares sobre toxicidade, mecanismos farmacológicos, padronização e segurança antes do desenvolvimento de possíveis fitoterápicos.











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