O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a realização de uma perícia médica para verificar o diagnóstico de Alzheimer do general da reserva Augusto Heleno. A avaliação, que deve ser conduzida por profissionais da Polícia Federal, tem prazo de 15 dias para ser entregue. A medida ocorre após a defesa do militar solicitar prisão domiciliar com base em alegações de fragilidade de saúde.
Desde o último sábado (29), Moraes vem cobrando documentos que comprovem a condição clínica usada para embasar o pedido de mudança no regime de cumprimento da pena. Na ocasião, o ministro havia concedido cinco dias para que os advogados apresentassem relatórios médicos detalhando o quadro neurológico do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
A defesa de Heleno afirma que o diagnóstico da doença só foi concluído em janeiro de 2025, embora o general tenha mencionado anteriormente que convivia com sintomas desde 2018. O esclarecimento veio após questionamentos do STF sobre quando a informação teria sido comunicada a órgãos oficiais durante o período em que Heleno ocupou o comando do GSI, entre 2019 e 2022.
Os pedidos apresentados pelos advogados incluem a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando idade avançada e comorbidades. A Procuradoria-Geral da República já se manifestou favorável à medida, mas a decisão depende das comprovações médicas agora exigidas por Moraes.
Enquanto aguarda o resultado da perícia, Heleno permanece detido em uma sala no Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde está desde a semana passada, após a condenação por tentativa de golpe de Estado transitar em julgado.
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