Paysandu x Boca Juniors: Roger Aguilera revela convite para jogar um amistoso contra os argentinos

Roger destacou que o duelo marcou a história do Paysandu e da Libertadores, já que até hoje é lembrado.

Roger Aguilera com sua primeira conquista no ano de 2025. Foto: Jorge Luís Totti / Paysandu

Neste ano de 2025, completam-se 22 anos desde que o Paysandu fez história ao participar da Copa Libertadores da América. Os mais novos torcedores do Papão poderiam reviver essa emoção com a realização de uma partida amistosa comemorativa.

Roger Aguilera, presidente do Paysandu, revelou ao jornalista Edson Matoso que a diretoria do Boca Juniors, da Argentina, chegou a convidar o clube paraense para um amistoso. A partida estava prevista para o dia 15 de janeiro, mas não foi possível realizá-la devido a um conflito de calendário.

“Eu tive só um contato de um empresário do Sul que me ofereceu a oportunidade de fazer um amistoso com o Boca Juniors na Argentina, dia 15 de janeiro. No entanto, devido ao calendário, eu já havia descartado. Então, essa conversa não chegou nem a avançar. Eu nem criei expectativa porque havia o jogo contra a Tuna no dia 12. Como eu iria para a Argentina no dia 15 e jogar no dia 19 [no Parazão]? Não houve uma proposta de fato para o clube porque eu cortei. Mas teve a oportunidade de fazer o amistoso na La Bombonera. Ia ser uma coisa diferente, mas teria um custo muito grande para levar”, revelou o presidente bicolor.

Apesar do reencontro não ter ocorrido, o mandatário bicolor não descartou a possibilidade de os clubes organizarem um jogo amistoso em um futuro próximo. Roger destacou que o duelo marcou a história do Paysandu e da Libertadores, já que até hoje é lembrado.

“Tem uma história entre o Paysandu e o Boca. Toda vez que o Boca joga na Libertadores com qualquer clube brasileiro, todo mundo lembra da vitória do Paysandu na La Bombonera. Então, eu acho que é algo que podemos fazer um jogo festivo lá na frente, porque ainda tem aquela rixa do jogo aqui também, no qual acabamos sendo eliminados, mas por um time de alto nível”, afirmou Aguilera.

Campanha histórica na Libertadores 2003

No ano de 2003, o Paysandu foi sorteado no Grupo B da Copa Toyota Libertadores, junto com Sporting Cristal, do Peru, Universidad Católica, do Chile, e Cerro Porteño, do Paraguai. A equipe paraense surpreendeu e conseguiu quatro vitórias e dois empates na fase de grupos, classificando-se em primeiro lugar da chave para as oitavas de final.

Vitória na La Bombonera

O maior feito do Paysandu nessa campanha foi a histórica vitória sobre o Boca Juniors dentro da temida La Bombonera, em Buenos Aires. No dia 24 de abril de 2003, o Papão venceu os argentinos por 1 a 0, com gol de Iarley. A vitória teve ainda mais relevância pelas circunstâncias adversas, já que a equipe jogou parte do segundo tempo com dois jogadores expulsos.

Boca Juniors e Paysandu em partida realizada na Libertadores de 2003. Foto: Reprodução

Veja a Ficha Técnica da partida:

24/04/2003 – Copa Toyota Libertadores da América – Boca Juniors – ARG 0 x 1 Paysandu – La Bombonera, Buenos Aires, Argentina 

Ficha Técnica 

Boca Juniors – ARG: Abbondanzieri, Ibarra (Calvo), Crossa, Burdisso, Clemente Rodriguez, Battaglia (Alfredo Moreno), Cascini, Cagna (Tevez), Donnet, Delgado, Barros Schelotto. Técnico: Carlos Bianchi 

Paysandu: Ronaldo, Rodrigo (Gino), Jorginho, Tinho, Luiz Fernando, Sandro Goiano, Vânderson, Lecheva (Bruno), Vélber (Rogerinho Gameleira), Iarley, Róbson. Técnico: Darío Pereyra 

Gol: Iarley 

Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai) / Assistentes: Ubaldo Aquino (Paraguai) e Miguel Giacomuzzi (Paraguai) 

Cartões amarelos: Tevez, Cascini, Donnet; Ronaldo, Iarley 

Cartões vermelhos: Clemente Rodriguez; Róbson, Vânderson 

Público: 57.000

Jornais da época após a histórica vitória do Paysandu contra o Boca Juniors. Foto: Reprodução

Partida de volta e eliminação

Paysandu e Boca Juniors voltaram a se enfrentar no jogo de volta das oitavas de final, no dia 15 de maio de 2003. Diante de mais de 55.000 torcedores no Estádio Mangueirão, em Belém, o Papão foi derrotado por 4 a 2, despedindo-se da competição.

Barros Schelotto comemorando um dos gols que fez no Paysandu em partida pela Libertadores de 2003. Foto: Reprodução

Veja a Ficha Técnica da partida:

15/05/2003 – Copa Toyota Libertadores da América -Paysandu 2 x 4 Boca Juniors – ARG – Mangueirão 

Ficha Técnica 

Paysandu: Ronaldo, Wellington, Gino, Jorginho (Balão), Luiz Fernando, Sandro Goiano, Bruno (Jóbson), Lecheva, Vélber, Iarley, Vandick (Zé Augusto). Técnico: Darío Pereyra 

Boca Juniors – ARG: Abbondanzieri, Burdisso, Schiavi, Crossa, Jerez, Battaglia, Cagna (Pinto), Tevez, Cascini, Delgado (Donnet), Barros Schelotto. Técnico: Carlos Bianchi 

Gols: Barros Schelotto (Boca Juniors – ARG (3), Lecheva (Paysandu), Burdisso (Boca Juniors – ARG pró Paysandu) 

Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai) / Assistentes: Martín Vasquez (Uruguai) e Fernando Cresci (Uruguai) 

Cartões amarelos: Jorginho; Schelotto, Abbondanzieri, Jerez 

Cartões vermelhos: Wellington, Sandro Goiano 

Público: 57.330

Único do Norte

Até hoje, o Paysandu é o único time da região Norte do Brasil a disputar uma edição da Copa Libertadores da América, um feito que segue sendo motivo de orgulho para a torcida bicolor.

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