Assumir o comando de um clube como o Paysandu, em meio a um calendário sufocante, é mergulhar de cabeça em uma rotina intensa de jogos, viagens e pouco tempo para treinar. Entre desembarques apressados e ajustes emergenciais, o desafio é montar uma equipe competitiva sem o luxo da paciência.
Os resultados imediatos nem sempre aparecem — mas o futebol tem seus atalhos para acelerar processos. Um título, como o da Copa Verde, pode ser o impulso necessário para mudar o ambiente: eleva a confiança do elenco, dá respaldo ao trabalho da comissão técnica e reacende a chama da torcida.
Em um cenário de pressão constante, conquistas assim valem mais do que taças — elas renovam esperanças, pelo menos é assim que pensa o técnico Luizinho Lopes, que vê o cargo ameaçado, mas com a confiança depositada novamente pela Fiel Bicolor.
“É muito difícil ser campeão. Ser campeão é para poucos, e valorizar esse momento aqui é importante. Estou muito feliz. Ser campeão com o Paysandu é muito importante. O clube é gigante porque ganha títulos, tem muita torcida, pela história que tem e, a partir de agora, a gente se eterniza na memória do clube”, destacou.
Agora, o Papão vira a chave e foca as atenções na disputa da Série B, onde a equipe ainda não venceu após quatro rodadas. O próximo desafio será neste domingo (27), no Mangueirão, em Belém, às 17h, contra o CRB. Luizinho demonstra confiança na ressurreição do Lobo.
“Foi o meu 15º jogo à frente do Paysandu. Três meses de trabalho e já com uma conquista. Estávamos há uma semana fora de Belém. O jogo contra o Operário já foi uma resposta muito boa internamente, após a gente ter feito um jogo que fugiu do nosso contexto de trabalho, que foi contra a Chapecoense-SC, na frente do nosso torcedor… Esse título estimula, energiza, dá um respiro para o nosso trabalho de pouco tempo”, concluiu.
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