Nove jogos, cinco derrotas, quatro empates, quatro pontos somados e a lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro. O Paysandu vive o pior momento da temporada, que já teve três disputas de títulos e dois troféus conquistados em 2025.
Dentro e fora de campo, o clima é de intensa pressão em cima da equipe, comissão técnica e diretoria. E nesses momentos de crise, o aspecto mental entra em cena. O Paysandu é um dos clubes das Séries A e B que não possuem departamento de psicologia para auxiliar os atletas no dia a dia.
E esse fato foi assunto de questionamentos ao presidente do clube, Roger Aguilera, durante entrevista coletiva nessa segunda-feira, 26, no Estádio Banpará Curuzu.

De acordo com o mandatário bicolor, o clube busca este profissional da área da saúde fora do Estado. Segundo Roger, “não tem aqui na nossa região (Belém e região)” psicólogos especializados na área esportiva. Além disso, ele garante que a diretoria está trabalhando para ter “o mais rápido possível” esse profissional no staff do clube.
A gente já vem há algum tempo tentando achar esse profissional (psicólogo). Temos uma dificuldade em ter isso na área do esporte. Não tem aqui na nossa região. Estamos conversando internamente, pedindo currículos para fazer esse movimento o mais rápido possível. Nosso grupo sabe que tem condição de estar numa situação melhor. A cobrança é grande, interna e entre eles. E o resultado não vem”, disse Roger Aguilera.
No último domingo, após a derrota para o Novorizontino pela nona rodada da Série B, o técnico Luizinho Lopes voltou a falar sobre a condição mental do elenco do Paysandu. Segundo ele, esse aspecto vem afetando o desempenho da equipe durante os jogos.
“Nosso time mostra fadiga mental, não tem como ser diferente. A partir dos 20 minutos do segundo tempo, o time mostrou um desgaste físico e mental. Ainda tinha muito jogo e isso dificulta”, disse Luizinho Lopes após ao jogo com o Novorizontino.

O pensamento do treinador é compartilhado pelo presidente Roger Aguilera. Para ele, outro fator que colabora com o momento instável do clube e dos jogadores é o desempenho abaixo do tido pelos atletas em outros clubes. Porém, Roger acredita que todos no clube tem condições de reverter esse quadro na Série B.
“Naturalmente vem o cansaço e a parte mental. Atletas que tiveram destaque em outros clubes e chegam ao Paysandu, não esperavam passar por isso (baixo rendimento). Agora estão passando com todos nós. É trabalho. Não é um momento desesperador. Estamos na nona rodada. Muita coisa vai acontecer. Quatro pontos é muito pouco. Mas vamos enfrentar essa realidade. Não estamos feliz. É o pior momento da temporada. Mas temos que reverter com trabalho”, finalizou.
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