Uma escultura instalada na Free Zone da COP30, na Praça da Bandeira, foi retirada por determinação militar após ser considerada “muito política” e “agressiva”. A obra, criada pelo artista dinamarquês Jens Galschiot, ficou exposta durante todo o dia e recebeu elogios do público, mas acabou sendo censurada no fim da tarde.
A escultura, batizada de “A praga laranja”, mostra o presidente americano Donald Trump sobre as costas de um homem fragilizado. Nas mãos, Trump segura um símbolo de justiça, representando a ideia de que as decisões norte-americanas são soberanas sobre todas as nações.
Segundo o artista, a obra é uma crítica ao desequilíbrio de poder nas decisões sobre a crise climática, nas quais interesses políticos e econômicos se sobrepõem ao bem-estar das pessoas e do planeta. “Nós instalamos essa escultura na Zona Livre, a Free Zone, na Praça da Bandeira. Ela ficou lá o dia todo, e muita gente dizia: ‘Ah, que bom, que bonito’”, contou Galschiot.
Localizada na Praça da Bandeira, no bairro da Campina, a Free Zone Cultural é um dos espaços voltados à sociedade civil durante a COP30. O local se transforma em um ponto de encontro entre cultura e clima, com shows, debates, exposições, cinema e gastronomia, reunindo comunidades tradicionais, artistas, jovens lideranças, cientistas e organizações.
Mas, segundo o artista, o ambiente de liberdade prometido não se concretizou.“À tarde, chegou uma mensagem das pessoas que controlam a área militar: ‘Não pode, temos que remover, porque tem uma mensagem muito agressiva e é muito política’”, relatou o artista.
Apesar da repercussão positiva entre o público, a escultura foi classificada pelas autoridades como “inadequada” para o espaço e acabou sendo removida ainda no mesmo dia.
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