De acordo com o portal Poder360, o governo do Pará negociou cerca de 500 quartos de hotel em Belém e Castanhal, com tarifas entre US$ 100 (R$ 546) e US$ 300 (R$ 1.638) para a COP30. Esses quartos serão destinados principalmente a delegados da ONU de países com menos recursos, em um acordo firmado entre assessores da vice-governadora e coordenadora estadual da COP, Hana Gassan, e a Secretaria de Turismo do Estado, junto aos principais hotéis da região.
Segundo a matéria, o acordo abrange ao menos 11 hotéis em Belém e 8 em Castanhal, com expectativa de ampliar o número de quartos disponíveis. Também foi considerada a possibilidade de hospedagem em Barcarena, a mais de 100 km do local principal do evento, mas essa opção depende da viabilidade de transporte por barcos para facilitar o deslocamento, o que torna essa alternativa menos provável.
A oferta de quartos a preços acessíveis atende a uma exigência da ONU para garantir a participação de todos os países no evento, já que os valores negociados estão bem abaixo das tarifas atualmente praticadas na capital paraense. O setor hoteleiro local enfrenta pressão do governo federal para reduzir os preços, com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificando 24 hotéis para investigar possíveis práticas abusivas, enquanto o governo estadual busca evitar um corte generalizado nas tarifas por meio desse acordo.
Apesar das negociações, menos da metade dos quartos disponíveis em Belém foi reservada até o momento, com procura alta e preços ainda elevados a quatro meses do evento. O Pará enfrenta o desafio de acomodar cerca de 50 mil pessoas esperadas, já que apenas 28% dos leitos planejados são em hotéis tradicionais, o que leva à busca por alternativas como escolas, igrejas, Airbnbs, motéis e uma vila modular.
Para facilitar a alocação, o governo firmou parceria com a empresa Bnetwork, responsável pela plataforma de hospedagem na COP29, em Baku. O governador reconhece a existência de preços abusivos e afirma que o governo atua via Ministério da Justiça para coibir excessos, sem intervir diretamente no mercado.
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