O Brasil registrou 964 focos de incêndio na quarta-feira (23), conforme dados do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), divulgados nesta quinta-feira (24). A Amazônia concentra a maior parte dos incêndios, com 656 ocorrências, representando 68,1% do total. O Pará é o Estado com o maior número de queimadas, contabilizando 549 focos em 24 horas, seguido por Mato Grosso com 104 e Mato Grosso do Sul com 86.
Dos seis biomas brasileiros, cinco registraram incidência de fogo. O Cerrado foi o segundo mais afetado, com 159 focos, correspondendo a 16,5% do total. Em agosto de 2024, o Brasil enfrentou o pior número de queimadas em 14 anos, com 68.635 ocorrências, o quinto maior da série histórica iniciada em 1998. Isso representa um aumento de 144% em relação ao mesmo período de 2023. Em setembro, o país registrou 83.157 focos de incêndio, sendo este o pior mês do ano até o momento.
Esse número torna setembro de 2024 o mês com mais queimadas desde 2010, quando foram contabilizados 109.030 focos. Em comparação ao ano anterior, que registrou 46.498 pontos de fogo em setembro, o aumento foi de 78,74%. Tradicionalmente, setembro é o mês com o pico de queimadas no Brasil, que se estende até outubro. No total, em outubro, já foram registrados 25.034 focos de incêndio, acumulando 235.242 ocorrências em 2024.
Além do aumento dos focos de incêndio, o Brasil enfrenta uma seca histórica, com a pior estiagem em 75 anos, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes da Conservação e Biodiversidade). As causas incluem uma seca atípica para a temporada, que normalmente ocorre de junho a setembro.
Neste ano, dois fatores impactam significativamente o cenário: ondas de calor intensas, com seis eventos desde o início da temporada, conforme o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta).
Fonte: Poder360
Leia também:
Deixe um comentário