Natural de Chicago, o Papa Leão XIV manifestou publicamente desapontamento com a aprovação, em Illinois, de uma lei que autoriza a eutanásia, também conhecida como suicídio assistido por médicos. A legislação foi sancionada pelo governador JB Pritzker em 12 de dezembro e permite que pacientes adultos com doenças terminais, sob critérios médicos, tenham acesso a medicação para encerrar a própria vida.
Ao comentar o tema, Leão XIV afirmou ter dialogado de forma direta com o governador durante a tramitação do projeto, assim como o cardeal de Chicago, Blase Cupich, pedindo que a proposta não fosse promulgada. Segundo o pontífice, a decisão contraria os ensinamentos católicos que defendem a proteção da vida desde a concepção até a morte natural, princípio reiterado em declarações feitas a jornalistas nos arredores de Roma e do Vaticano.

Batizada informalmente de “Lei de Deb”, em homenagem a Deb Robertson, moradora de Illinois que convivia com uma doença terminal rara, a norma foi impulsionada por relatos de pacientes e familiares sobre o sofrimento no fim da vida. Robertson atuou publicamente pela aprovação da medida, defendendo o direito de escolha em situações consideradas irreversíveis. O governador afirmou ter sido sensibilizado por essas histórias ao sancionar a lei.
Críticas à decisão também partiram das seis dioceses católicas de Illinois, que classificaram a medida como um caminho perigoso e doloroso. Por outro lado, Illinois junta-se a outros 11 estados norte-americanos e ao Distrito de Columbia que já permitem o suicídio assistido, segundo o grupo Death With Dignity (Morte Com Dignidade), enquanto novas propostas seguem em discussão em diferentes regiões do país. O debate, que envolve aspectos éticos, religiosos e médicos, continua a dividir a sociedade, especialmente quando o foco recai sobre sofrimento, autonomia e dignidade no final da vida.
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