O Vaticano divulgou na última terça-feira (25) um decreto no qual o Papa Leão XIV condena relações sexuais múltiplas e reafirma que o matrimônio deve ser entendido como uma união exclusiva entre dois indivíduos. O texto sustenta que o casamento exige uma relação total e indivisível, incompatível com a participação de terceiros, e define a união conjugal como um vínculo de pertencimento recíproco.
Ao longo de sete capítulos, o documento argumenta que a proposta da Igreja não restringe a liberdade, mas oferece um caminho para um amor duradouro. O Vaticano afirma que a iniciativa foi motivada por três fatores: o contexto tecnológico contemporâneo, que incentivaria a ideia de que o ser humano não tem limites; debates com bispos africanos sobre poligamia; e a expansão de modelos conhecidos como poliamor no Ocidente.
Segundo o decreto, tais práticas não correspondem à concepção cristã de união conjugal. O texto cita estudos sobre culturas africanas para rebater a ideia de que a monogamia seria uma exceção histórica, contrapondo essa percepção ao que descreve como uma visão equivocada dominante.
Além da crítica aos relacionamentos múltiplos, o documento aborda a sexualidade, apresentada como algo que envolve corpo e alma. O Vaticano pede que o ato sexual não seja reduzido a impulso, mas reconhecido como um presente orientado à entrega mútua. O texto afirma ainda que a fecundidade não constitui um requisito para o caráter essencial do matrimônio, reconhecendo inclusive a legitimidade de períodos naturais de infertilidade no contexto conjugal.
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