Será o fim das organizadas? após ameaças, torcidas fecham as portas

Depois de uma onda de brigas e assassinatos em Belém por conta de Torcidas Organizadas, muitas das organizações fecharam as portas por tempo indeterminado

Torcidas azul marinho e azul celeste em um estádio de futebol
Foto: Reprodução

Após os distúrbios ocorridos durante o clássico RexPa no último domingo (04), várias torcidas organizadas do Remo e Paysandu decidiram suspender suas atividades por tempo indeterminado.

Logo após o jogo no Estádio Mangueirão, membros de organizações das duas equipes se envolveram em confrontos violentos em diversos pontos da cidade. Uma dessas brigas resultou na morte de um torcedor do Remo, enquanto outro torcedor do Paysandu foi baleado. O torcedor remista foi vítima de um assassinato brutal, enquanto o torcedor bicolor, ferido, teve que recorrer a campanhas de doações para custear seu tratamento hospitalar. A ocorrência desses confrontos gerou grande preocupação entre a população, repercutindo amplamente nas redes sociais.

Na última terça-feira (06), um áudio atribuído a um suposto membro de uma facção criminosa começou a circular nas redes sociais, instruindo as torcidas a suspenderem suas atividades devido à grave violência ocorrida durante o último clássico. Posteriormente, surgiram relatos sobre mortes de integrantes das torcidas organizadas. A primeira delas foi a de um membro da torcida do Paysandu, identificado como José Carlos Oliveira da Silva, que teria sido executado na manhã da última quarta-feira (7) na Estrada do Abacatal, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua.

As torcidas do Remo e do Paysandu manifestaram-se em suas redes sociais informando que as atividades estarão suspensas nos próximos seis jogos. Posteriormente, essa suspensão se estendeu por tempo indeterminado em vários bairros, e em alguns setores, inclusive, ocorreu o encerramento das atividades.

Na última quinta-feira (08), ocorreu mais um assassinato envolvendo um membro de uma torcida organizada. O homem foi baleado e morto no bairro da Terra Firme. A investigação está em andamento, com a suspeita inicial de que o homicídio possa ter sido uma execução. Outra possibilidade levantada é a rivalidade entre torcidas organizadas que apoiam os clubes. Esses grupos têm sido responsáveis por confrontos violentos nas ruas da Região Metropolitana de Belém, muitas vezes marcados por encontros planejados através das redes sociais.

Vários confrontos estão ocorrendo desde o final do ano passado, o Portal Estado do Pará Online informou um deles na avenida Pedro Álvares Cabral. O que chamou a atenção, é que na data do ocorrido, não havia jogo de nenhuma das duas principais equipes do futebol paraense.

Através da SEGUP, o Governo do Estado do Pará informou que não irá se pronunciar sobre o caso, alegando que ele estaria sendo investigado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

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