Operação Rêmora desmantela esquema de corrupção em Belém, Abaetetuba e Oeiras - Estado do Pará Online

Operação Rêmora desmantela esquema de corrupção em Belém, Abaetetuba e Oeiras

A segunda fase da operação investiga fraudes em licitações e levou à prisão de empresários, servidores públicos e um vereador suspeitos de desviar milhões em contratos no interior do Pará.

Divulgação

A Polícia Civil do Pará deflagrou, na manhã desta quinta-feira (16), a segunda fase da Operação Rêmora, que investiga um esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e empresários no município de Oeiras do Pará. A ação mobilizou equipes em Belém, Abaetetuba e Oeiras, e resultou no cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão.

De acordo com a Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), a operação contou com o apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e do Grupamento Fluvial (GFLU). Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e quatro de busca pessoal e sequestro de bens, além de seis mandados de busca e apreensão em residências e em um estabelecimento empresarial.

As investigações apontam o envolvimento de um vereador, servidores públicos e empresários em um esquema de fraude em licitações realizado em 2021, com foco no transporte escolar de Oeiras do Pará. Segundo a polícia, o grupo teria desviado mais de R$ 3 milhões dos cofres públicos.

As primeiras denúncias revelaram irregularidades em um pregão eletrônico promovido pelo município. Durante a fase inicial da operação, uma quebra de sigilo telemático autorizada pela Justiça permitiu comprovar a atuação dos investigados. Conversas obtidas em aplicativos mostraram o direcionamento das licitações para beneficiar uma empresa específica.

Com as novas medidas judiciais, foram suspensos todos os contratos da empresa investigada com a prefeitura e bloqueados ativos financeiros que somam mais de R$ 3,1 milhões.

Durante as buscas, os agentes apreenderam duas armas de fogo, dinheiro em espécie, documentos e equipamentos eletrônicos, que passarão por perícia. A operação envolveu 23 policiais civis e três integrantes do Grupamento Fluvial, que atuaram simultaneamente nas três cidades.

A Polícia Civil informou que as investigações continuam para aprofundar a análise dos materiais apreendidos. Os suspeitos irão responder pelos crimes de fraude à licitação, corrupção passiva, peculato e associação criminosa.

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