Agentes de segurança pública do Pará realizaram, na sexta-feira (25), duas grandes apreensões de entorpecentes durante ações de fiscalização no Rio Amazonas, nas proximidades do município de Óbidos, no oeste paraense. A operação foi coordenada pela Base Fluvial Candiru, com apoio de policiais civis e militares, resultando na apreensão de mais de 1 tonelada de drogas — entre maconha tipo skank e uma nova modalidade de cocaína misturada a papel picado.

As embarcações abordadas haviam saído de Manaus (AM) com destino a Santarém (PA). No primeiro flagrante, durante inspeção no empurrador “Flor da Terra”, o cão farejador Isis localizou 153 tabletes de maconha escondidos em compartimentos da lataria de veículos transportados na embarcação. A carga apreendida totalizou 166,625 quilos.
Na sequência, o empurrador “Ana Beatriz” foi interceptado, e o cão Isis novamente indicou presença de entorpecentes. Foram encontrados 18 sacos contendo aproximadamente 850 kg de papel picado impregnado com cocaína, uma forma inédita de tráfico detectada no estado do Pará. Segundo a Receita Federal, que realizou testes químicos, o material de papel foi produzido a partir da droga, dificultando a detecção por scanners e outros equipamentos eletrônicos.
Durante a mesma abordagem, também foram localizados seis tabletes de skank escondidos nos forros dos banheiros da embarcação, pesando 3,677 kg. Como se tratava de área de livre circulação, não foi possível identificar o responsável pela droga.





O secretário de Estado de Segurança Pública, Ualame Machado, destacou que a apreensão reflete o fortalecimento das ações de inteligência e fiscalização no Rio Amazonas, com apoio da Base Candiru. “Estamos conseguindo interceptar a logística de grupos criminosos e impedindo a chegada de grandes quantidades de entorpecentes ao Pará. A identificação dessa nova modalidade de tráfico reforça a importância do nosso trabalho integrado”, afirmou.
No total, foram apreendidos 1.020,302 kg de drogas nas duas ações. Todo o material foi encaminhado à Polícia Civil para perícia. Os comandantes das embarcações foram ouvidos, e as investigações seguem para identificar os responsáveis pelo tráfico.
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