Operação Fachada II derruba esquema de fraudes em Baião

Onze mandados de busca e apreensão foram executados em quatro municípios paraenses: Baião, Peixe-Boi, Ananindeua e Belém. As investigações iniciaram a pedido da Promotoria de Justiça de Baião, por suspeitas de fraude à licitação e à execução de contratos, envolvendo empresas vencedoras de certames licitatórios e a Câmara Municipal de Baião.

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Divulgação GAECO

Nesta terça-feira (16), o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Pará, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI), deu início à Operação Fachada II, em auxílio à Promotoria de Justiça de Baião.

A operação, que contou com a execução simultânea de onze mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça, teve como alvo endereços de pessoas físicas, jurídicas e um órgão público em quatro municípios paraenses. Dentre os locais, destacam-se dois em Baião, um sítio em Peixe-Boi, quatro em Ananindeua nos bairros Guanabara, Cidade Nova 6, Distrito Industrial e Coqueiro, e quatro em Belém, nos bairros do Bengui, Souza e Castanheira.

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Além das buscas, a ordem judicial determinou o afastamento de função pública de um servidor da Câmara Municipal de Baião, suspeito de envolvimento em fraudes, bem como o sequestro e/ou indisponibilidade de bens de empresários investigados por utilizarem empresas fictícias e sócios laranjas em contratos com o órgão público.

Foto Divulgação

Também foi determinada a suspensão de contratos administrativos firmados pela Câmara Municipal de Baião com os empresários investigados na Operação Fachada II.

As investigações, iniciadas a partir do Procedimento de Investigação Criminal (PIC) instaurado pelo Gaeco a pedido da Promotoria de Justiça de Baião, têm como foco suspeitas de fraude à licitação e à execução de contratos, envolvendo empresas vencedoras de certames licitatórios e a Câmara Municipal de Baião.

A Operação Fachada II é um desdobramento da Operação Fachada I, realizada em Magalhães Barata, e evidenciou a atuação criminosa de empresários em vários municípios, com prática de crimes licitatórios, fraude na execução de contratos, peculato e associação criminosa, envolvendo servidores públicos, laranjas e empresas fantasmas, no período de 2021 a 2024.

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Durante a operação, foram apreendidos documentos diversos, dinheiro, joias e bloqueados diversos veículos registrados em nome dos investigados. O processo segue em sigilo, com a expectativa de levantamento pelo Judiciário após comunicação oficial do Ministério Público sobre o cumprimento das ordens.

Após o cumprimento das cautelares, as investigações continuarão para análise das evidências coletadas e elaboração de relatórios técnicos pelas equipes do GSI e Gaeco. A operação contou com a participação de 13 promotores e 37 agentes, entre militares e servidores do MP do Pará.

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