As paredes do Museu da Universidade Federal do Pará abrigam, até 17 de dezembro, a exposição “Imagens para adiar o fim do mundo”, que segue atraindo grande público e ampliando a circulação de narrativas ambientais e culturais em meio à programação paralela à COP30, em Belém. A mostra reúne produções que atravessam memórias, resistências e diferentes modos de perceber o território amazônico.
A força simbólica do conjunto exposto foi destacada pelo diretor do Mufpa, Luiz Tadeu Costa, ao ressaltar o impacto da participação de artistas de múltiplas origens. “Essas imagens não apenas documentam realidades, mas também fazem circular modos de existir, de resistir e de cuidar do mundo. O museu se torna um território de diálogo entre saberes que, historicamente, foram silenciados”, analisou.
A leitura sobre o papel da instituição no momento atual também foi reafirmada pelo reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva. Para ele, a mostra reforça compromissos que ultrapassam as paredes do museu. “Ao acolher esta exposição, o museu e a UFPA ratificam a sua missão de promover conhecimento e responsabilidade coletiva. As imagens aqui reunidas nos convocam a pensar e agir sobre o amanhã que estamos construindo”, disse.
O percurso da exposição reúne obras de Moara Tupinambá, Edgar Kanaykõ Xakriabá, Genilson Guajajara, Kamikia Kisedje, Richard Wera Mirim, Natalia Tupi, Leticia Valverdes e Denilson Baniwa, sob curadoria de Richard Wera Mirim e João Kulcsár. Os trabalhos exploram linguagens diversas e abordam resistência, denúncia, memória e futuro, conectando arte e urgências territoriais.
Além do conjunto principal, o museu apresenta a projeção especial da Convocatória “Imagens para adiar o fim do mundo” e a Exposição “Arquipélago, Culturas Insulares”, de Corinna Del Bianco, realizada em colaboração com o Instituto Italiano de Cultura de São Paulo. As duas iniciativas ampliam o diálogo entre perspectivas locais e internacionais.












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