Na tarde desta quarta-feira (17), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se pronunciou a respeito da fala preconceituosa do pastor que afirmou que pessoas autistas foram “distorcidas pela escuridão” ainda no ventre. O caso aconteceu na última sexta-feira (12), em uma Igreja Pentecostal de Tucuruí.
A OAB reafirmou novamente o seu compromisso em combater o estigma e a falta de compreensão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sociedade brasileira.
No vídeo, a Presidente da Comissão de Defesa do Direito das Pessoas com Autismo da OAB-PA, Flávia Marçal, afirmou que o órgão recebeu com profunda preocupação e indignação a fala do líder religioso da igreja e que as demais providências já foram tomadas a respeito dessa situação. Veja;
Em nota, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) também se pronunciou e disse que a Promotoria de Justiça de Tucuruí já tomou conhecimento do vídeo publicado em redes sociais, sobre o referido caso das declarações de um pastor sobre crianças autistas, durante uma pregação. Além disso, foi registrado Notícia de Fato (NF) para apurar a situação, podendo qualquer cidadão acompanhar o andamento via site do Ministério Público do Estado, pelo SAJ nº 01.2024.00021741-0.
Pastor se defende
O pastor Washington Almeida também se pronunciou ao publicar um vídeo em suas redes sociais pedindo desculpas pelas declarações preconceituosas sobre pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Veja:
No vídeo, o pastor se desculpa pelas declarações feitas em um culto de uma Igreja Pentecostal de Tucuruí.
“Nós temos um percentual gigantesco de pessoas em ventres manipulados, visitados pela escuridão que distorce ainda no ventre. As crianças hoje, de cada 100, nós temos aí quase 30% de autistas em vários graus. O que está acontecendo, Pastor Washington? O diabo está visitando o ventre das desprotegidas, daqueles que não têm a graça, a habilidade, a instrumentalidade para saber lidar no mundo espiritual. E ele só procura os vulneráveis, os desassistidos”, disse o pastor.
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