Nova regra do Pix: entenda como vai funcionar a devolução em caso de golpe - Estado do Pará Online

Nova regra do Pix: entenda como vai funcionar a devolução em caso de golpe

A ferramenta visa facilitar a recuperação de valores transferidos indevidamente e dificultar a atuação de golpistas.

Entrou em vigor a nova regulamentação do Banco Central que aprimora o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix, ferramenta que visa facilitar a recuperação de valores transferidos indevidamente e dificultar a atuação de golpistas.

A partir das mudanças, será possível rastrear o caminho do dinheiro mesmo quando houver transferências sucessivas para tentar ocultar a origem dos recursos — prática comum em golpes digitais.

Como funciona agora

Com a nova regra, a devolução poderá ser feita a partir de outras contas para onde o dinheiro foi transferido posteriormente, e não apenas da conta que recebeu o valor inicialmente.

O compartilhamento de informações entre as instituições envolvidas permitirá que o recurso seja devolvido em até 11 dias após a contestação, segundo o Banco Central.

Como era antes

Anteriormente, a devolução só podia ocorrer a partir da conta original usada na fraude. Como golpistas costumam sacar ou repassar o dinheiro rapidamente, muitas vezes a conta já estava zerada quando o cliente pedia o ressarcimento — o que dificultava a recuperação do valor.

Obrigatoriedade

Por enquanto, o uso do MED ainda é opcional para bancos e instituições de pagamento. No entanto, a partir de 2 de fevereiro de 2026, o mecanismo se tornará obrigatório para todos os participantes do sistema Pix.

Quando o MED pode ser acionado

O Mecanismo Especial de Devolução é aplicado apenas em casos específicos:

  • Fraude comprovada;
  • Erro operacional da instituição financeira.

O MED não pode ser usado em:

  • Desacordos comerciais;
  • Conflitos entre pessoas de boa-fé;
  • Pix enviado para a pessoa errada por erro do usuário (ex.: digitação incorreta da chave).

Criado em 2021, o mecanismo segue como uma ferramenta central do Banco Central para aumentar a segurança do sistema de pagamentos instantâneos mais utilizado do país.

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