O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue numericamente à frente na corrida presidencial de 2026, mas sua vantagem diante dos principais adversários diminuiu, segundo nova pesquisa AtlasIntel divulgada nesta terça-feira (2) em parceria com a Bloomberg. O levantamento, que ouviu 5.510 eleitores entre 22 e 27 de novembro, aponta que o petista lidera o cenário principal com 48,4% das intenções de voto.
Na segunda colocação aparece o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 32,5%. Outros nomes da direita testados não alcançam 10% de preferência. Mesmo sem o paulista na disputa, Lula mantém o favoritismo: chega a 48,7%, seguido por Michelle Bolsonaro (PL), com 28,6%, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 9,4%.
Outro quadro simulado coloca Lula contra Caiado e o governador do Paraná, Ratinho Jr. Nesse cenário, o presidente registra 48,5%, diante de 16,9% do goiano e 12,6% do paranaense. Em uma composição com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Lula aparece com 47,3% contra 23,1% do parlamentar, enquanto Caiado soma 10,2%.
Lula venceria todos os adversários no segundo turno
A pesquisa mostra que Lula derrotaria todos os candidatos testados em um eventual segundo turno, mas com margens menores do que as observadas em pesquisas anteriores. Contra Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas ou Michelle Bolsonaro, o petista aparece com 49% a 47%, praticamente dentro da margem de erro. Já diante de Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado, Lula pontua 49% contra 41% de ambos. A maior diferença ocorre no confronto com Eduardo Leite (PSD-RS), que marca 28% frente aos 47% do atual presidente.
Desaprovação do governo sobe e ultrapassa aprovação
O levantamento também indica um movimento de desgaste na avaliação do governo federal. A desaprovação à gestão de Lula subiu de 48,1% para 50,7%, enquanto a aprovação caiu de 51,2% para 48,6% — a primeira inversão desde agosto. As notas “ótimo” e “bom” recuaram para 44,4%, enquanto “ruim” e “péssimo” avançaram a 48,6%.
Segundo a AtlasIntel, a piora no humor do eleitorado ocorre em meio às tensões políticas recentes, com destaque para os debates sobre segurança pública após a megaoperação realizada no Rio de Janeiro.
A margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual, com nível de confiança de 95%.
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