Motta alega questão de segurança para expulsar jornalistas do plenário - Estado do Pará Online

Motta alega questão de segurança para expulsar jornalistas do plenário

Entidades denunciam censura e violência contra profissionais de imprensa

A expulsão de jornalistas do plenário da Câmara dos Deputados durante a sessão de terça-feira (9) gerou forte reação de entidades da imprensa, após policiais legislativos retirarem profissionais com violência e interromperem a transmissão oficial.Enquanto o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirma que a medida foi motivada por “questões de segurança”, organizações jornalísticas classificam o episódio como censura e denunciamabuso de autoridade.

O presidente da Câmara afirmou que os jornalistas foram expulsos por motivos de segurança após o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupar a Mesa Diretora. A Polícia Legislativa ordenou a retirada de todos com base no Ato da Mesa nº 145/2020.

Após a saída da imprensa, Glauber foi retirado à força, e jornalistas relataram agressões, como empurrões e cotoveladas. A TV Câmara interrompeu a transmissão, alegando procedimento automático quando a sessão é suspensa.

A Fenaj classificou a ação como censura e disse que a justificativa não convence, já que os profissionais foram retirados de forma “truculenta”. Motta havia marcado uma reunião com representantes da imprensa, mas cancelou. No dia seguinte, o plenário voltou a ser fechado para jornalistas sem explicação.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) anunciou ações judiciais contra Motta pelas agressões cometidas pela Polícia Legislativa. O presidente da Câmara lamentou o episódio e afirmou que não houve intenção de restringir o trabalho da imprensa, mas que possíveis excessos serão investigados.

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