O laudo da necropsia referente à morte de Marcello Victor Carvalho de Araújo, assistente administrativo e filho de uma escrivã da Polícia Civil do Pará, foi recentemente divulgado. O jovem de 24 anos foi morto durante uma operação da Polícia Federal, que ocorreu em Belém.
A defesa da família de Marcello recebeu a análise pericial que detalha como os dois disparos atingiram o rapaz. Uma perícia inicial foi conduzida pela Polícia Federal, sendo que uma segunda análise foi solicitada pela família, que sustenta a tese de que a morte foi intencional e sem que o jovem tivesse chance de defesa.
O novo relatório pericial indica que o primeiro tiro acertou Marcello na área do queixo, alojando-se próximo ao ombro; este disparo possuía baixa intensidade e velocidade e foi efetuado com uma arma de calibre menor. Já o segundo disparo, conforme o laudo, foi de alta intensidade e proveniente de um fuzil, sendo este o responsável por ceifar a vida do jovem.
A interpretação da defesa aponta que Marcello já estaria neutralizado após o primeiro tiro, o que tornaria o segundo disparo injustificável. Outro elemento crucial destacado no documento, segundo os advogados, é a ausência de quaisquer marcas que sugiram que a vítima teria agredido o atirador com um soco.
A Polícia Federal havia informado anteriormente que a operação, denominada Eclesiastes, visava desmantelar uma organização criminosa envolvida em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Em nota, a corporação tratou a fatalidade como resultado de uma reação da vítima, versão veementemente contestada pela família.
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