Durante o Bom Dia Brasil, exibido nesta quarta-feira (10), a jornalista Miriam Leitão criticou duramente a atuação do presidente da Câmara, Hugo Motta, segundo ela, tratar de forma desigual parlamentares de esquerda e de direita em um momento em que o país já enfrenta forte polarização política.
Miriam Leitão criticou, no Bom Dia Brasil, o presidente da Câmara, Hugo Mota, por agir com tratamento desigual entre parlamentares de esquerda e de direita. pic.twitter.com/52tVvf1noA
— Portal Estado do Pará Online (@Estadopaonline) December 10, 2025
Segundo a análise da jornalista, o caso envolvendo o deputado Glauber Braga é o exemplo mais evidente dessa disparidade. Embora o parlamentar da esquerda tenha cometido um ato irregular ao se sentar na mesa diretora, Leitão destacou que a reação da presidência foi desproporcional, com a Polícia Legislativa removendo o deputado sob agressões, enquanto, em episódios anteriores, parlamentares da direita ocuparam a mesa por horas sem sofrer qualquer medida semelhante.
Leitão reforçou que Hugo Motta não puniu deputados da base direita, apesar de declarações públicas prometendo encaminhar sanções:
“Ele nunca puniu esses parlamentares, apesar de dizer que ia punir, nunca puniu.”
A jornalista também condenou outro ponto que classificou como ainda mais grave: a retirada da imprensa e o corte do sinal de transmissão da Câmara durante as tensões. Para ela, a decisão é “digna dos piores momentos da ditadura”, por representar um ataque direto à transparência e ao direito à informação.
Ao avaliar o mérito dos casos, Miriam Leitão afirmou que, embora Glauber Braga tenha cometido um “ato condenável” ao agredir um militante, há situações na direita consideradas mais graves e até hoje sem punição, como:
- Carla Zambelli, que possui ordem judicial de cassação desde junho;
- Alexandre Ramagem, também alvo de decisão judicial pendente de cumprimento;
- Eduardo Bolsonaro, que, segundo a jornalista, não aparece na Câmara desde março e usou o mandato para atacar a economia brasileira.
Nenhum desses processos, destacou Leitão, foi levado ao plenário.
No entanto, o caso de Glauber Braga foi imediatamente encaminhado para cassação, reforçando, na visão da comentarista, a postura assimétrica que agrava o clima de tensão no Legislativo.
“Quando, num país polarizado, se trata de maneira com dois pesos e duas medidas, se agrava o conflito”, concluiu.
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