Miriam Leitão critica postura de Hugo Motta e aponta favorecimento à direita - Estado do Pará Online

Miriam Leitão critica postura de Hugo Motta e aponta favorecimento à direita

Jornalista aponta “dois pesos e duas medidas” durante a condução da Câmara

Durante o Bom Dia Brasil, exibido nesta quarta-feira (10), a jornalista Miriam Leitão criticou duramente a atuação do presidente da Câmara, Hugo Motta, segundo ela, tratar de forma desigual parlamentares de esquerda e de direita em um momento em que o país já enfrenta forte polarização política.

Segundo a análise da jornalista, o caso envolvendo o deputado Glauber Braga é o exemplo mais evidente dessa disparidade. Embora o parlamentar da esquerda tenha cometido um ato irregular ao se sentar na mesa diretora, Leitão destacou que a reação da presidência foi desproporcional, com a Polícia Legislativa removendo o deputado sob agressões, enquanto, em episódios anteriores, parlamentares da direita ocuparam a mesa por horas sem sofrer qualquer medida semelhante.

Leitão reforçou que Hugo Motta não puniu deputados da base direita, apesar de declarações públicas prometendo encaminhar sanções:
“Ele nunca puniu esses parlamentares, apesar de dizer que ia punir, nunca puniu.”

A jornalista também condenou outro ponto que classificou como ainda mais grave: a retirada da imprensa e o corte do sinal de transmissão da Câmara durante as tensões. Para ela, a decisão é “digna dos piores momentos da ditadura”, por representar um ataque direto à transparência e ao direito à informação.

Ao avaliar o mérito dos casos, Miriam Leitão afirmou que, embora Glauber Braga tenha cometido um “ato condenável” ao agredir um militante, há situações na direita consideradas mais graves e até hoje sem punição, como:

  • Carla Zambelli, que possui ordem judicial de cassação desde junho;
  • Alexandre Ramagem, também alvo de decisão judicial pendente de cumprimento;
  • Eduardo Bolsonaro, que, segundo a jornalista, não aparece na Câmara desde março e usou o mandato para atacar a economia brasileira.

Nenhum desses processos, destacou Leitão, foi levado ao plenário.

No entanto, o caso de Glauber Braga foi imediatamente encaminhado para cassação, reforçando, na visão da comentarista, a postura assimétrica que agrava o clima de tensão no Legislativo.
“Quando, num país polarizado, se trata de maneira com dois pesos e duas medidas, se agrava o conflito”, concluiu.

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