Após mais de três meses afastado, Matheus Nogueira voltou a vestir a camisa titular do Paysandu. A última vez havia sido em junho, contra o Criciúma, quando deixou o campo lesionado. De lá para cá, viu o time oscilar, mas sempre nas posições da zona e se aproximar perigosamente do rebaixamento.
Contra o América-MG, no empate sem gols no Mangueirão, o goleiro reassumiu o posto e avaliou a importância do ponto conquistado.”Um resultado bem longe do que esperávamos. Queríamos a vitória para podermos diminuir essa distância (para fora do Z-4), mas tenho certeza que esse ponto será importante na somatória daqui para frente”.
Mesmo sem o triunfo, Matheus destacou aspectos positivos da atuação defensiva e a confiança que o grupo deposita no novo comandante. “Em termos de performance, não éramos o que queríamos. Pelo empate por 0 a 0, ainda criamos oportunidade, mas o Márcio possui a confiança da diretoria, dos jogadores. Na minha visão, defensivamente sofremos menos. Não é o ideal para sairmos dessa situação, mas creio que estamos no caminho certo”.
O goleiro também ressaltou a autonomia do técnico Márcio Fernandes, lembrando o retrospecto recente do treinador no clube. “Tudo é decisão do Márcio. Chegou, tem autonomia perante a direção, tem a confiança dos jogadores, então o que ele decidir vai estar de bom tamanho. Ano passado, em 12 jogos, se não me engano, teve sete vitórias, duas derrotas e três empates. Se a gente manter essa margem, é o que vai ser preciso para sairmos desta situação”.
A volta ao gramado teve um peso especial para o jogador, que buscou se manter próximo ao elenco mesmo fora de combate. “Me sinto feliz por poder voltar a jogar, ajudar o Paysandu dentro de campo. Eu vinha tentando contribuir da melhor maneira fora, conversando com meus companheiros, com o Gabriel (Mesquita), enfim, ajudando como podia. Feliz em poder voltar, seguir focados e sair dessa situação”.
Matheus reconhece que os últimos jogos na Curuzu ficaram abaixo do esperado, mas acredita na reação fora de casa. “Esses dois jogos em casa (Volta Redonda e América-MG) queríamos as vitórias, mas não vieram. Agora, é tentar compensar fora, trazer um ponto ou três, para não voltarmos de malas vazias e suprir as perdas dos pontos”.
Apesar das dificuldades, o discurso é de resistência e esperança. “Jogo após jogo. Ninguém jogou a toalha. Temos margem para sair desta situação. Vamos nos abraçar, focar, nos agarrar nisso. É até o último minuto. Só assim para sair desta situação. Temos que voltar a vencer o quanto antes”.
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