O Remo corre contra o tempo para anunciar e regularizar o técnico António Oliveira. O português de 42 anos está em Belém desde o início da semana e comandou nesta terça-feira, 17, o primeiro treino com o elenco no Estádio Banpará Baenão.
Apesar da demora com o anúncio oficial, o treinador deve estar na beira do gramado no próximo sábado, 21, quando o Remo vai encarar o Paysandu, pela 13ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, no primeiro clássico Re-Pa da competição. A informação foi confirmada pelo executivo de futebol do clube, Marcos Braz, na manhã desta terça-feira, 17.
Até sábado tudo será resolvido (em relação a regularização de António Oliveira). O Remo não perderá nenhum minuto de trabalho, esforço, em detrimento a este jogo. Sabemos o tamanho deste jogo. Claro que são três pontos iguais aos outros. Mas é um jogo diferente. Para quem conhece da cultura, do futebol, sabe da importância deste jogo. E o tratamento não pode ser diferente. Vamos chegar muito bem”, garantiu.
Já em relação ao atraso nas demandas de praxe com a chegada de um novo treinador, Marcos Braz explicou que, embora ainda não tenha o anúncio por parte do clube, António Oliveira e a comissão técnica “amanheceram” no Estádio Banpará Baenão. Além disso, ele revelou que houve um pedido da equipe jurídica do treinador para “resolver uma demanda” antes de oficializar o vínculo com o Leão.
“O técnico (António Oliveira) já está aqui e deu o treino hoje. Ele está trabalhando desde às 7h. Todo mundo chegou muito cedo para fazer os ajustes e adaptações. A gente tinha uma demanda da parte jurídica do treinador para que aguardasse um pouco mais pelo anúncio. Não vimos isso como problema. Por isso ainda não anunciamos. Será feito no momento certo. Ele já está muito enturmado no clube”.
Projeto aceito
A negociação entre Remo e António Oliveira iniciou há cerca de uma semana. Em São Paulo, Marcos Braz e um outro integrante da diretoria do clube reuniram com o treinador português para apresentar o projeto azulino. Segundo o executivo do Remo, além do projeto, foi mostrado ao treinador “o tamanho do clube e da torcida”.
Foi apresentado por mim, em São Paulo, e por um membro da diretoria um projeto. Falamos do tamanho do clube, da torcida e, claro, de um clube que está se reestruturando e que tínhamos, em um primeiro momento, uma incapacidade de fazer um movimento natural em relação a ele. Passamos a importância dele acreditar no projeto”, revelou.
Marcos Braz revelou ainda que, ao aceitar a proposta do Remo, António Oliveira precisou fazer uma “adequação” na questão financeira. No Sport, último clube que comandou no Brasil, o custo dele com a comissão técnica (auxiliar técnico e preparador físico) era de mais de R$ 500 mil. Segundo o executivo azulino, a negociação foi feita “com responsabilidade” para não ter ônus ao clube em um futuro próximo.
“Vou concordar que o António e toda a comissão técnica sejam fora da realidade do Remo. Mas vocês tem que acreditar do que foi passado para ele, do trabalho com ele. Ele se adequou ao projeto e também na parte financeira. Estamos fazendo as coisas com responsabilidade para que o Remo honre os compromissos. Agradeço ao António dele acreditar no projeto”, finalizou.
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