Durante entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (22), o executivo de futebol do Clube do Remo, Marcos Braz, falou sobre a reestruturação do elenco azulino vem passando. Segundo ele, o clube conseguiu enxugar a folha salarial, liberar atletas e, em casos pontuais, ainda gerar receita com as movimentações.
Um dos principais exemplos citados por Braz foi a negociação do atacante Adailton, de 35 anos, que tinha contrato até o fim da temporada. O jogador foi vendido por 150 mil dólares (cerca de R$ 834 mil na cotação atual), em uma operação considerada histórica para os padrões recentes do clube.
“Adailton tinha quatro meses e meio de contrato. Conseguimos colocar 150 mil dólares para dentro do Remo. Isso foi fruto de trabalho, de ajustes com o jogador e da minha relação com o mundo do futebol. É algo impensável no curto prazo para o clube. Historicamente, o Remo não tem esse tipo de operação”, afirmou o dirigente.
Além da venda do experiente atacante, o clube também optou por liberar outros atletas em acordos com indenizações parciais, muitas vezes divididas com clubes parceiros. A estratégia, segundo Braz, faz parte de um processo mais amplo de readequação financeira e qualificação do elenco.
“Fizemos saídas rompendo contrato e com parcerias. Alguns foram para outros clubes com divisão de custos, sempre buscando o melhor para o Remo. Isso ajudou a abrir espaço para reforços com mais perfil competitivo para a Série B”, concluiu.
A movimentação faz parte do trabalho iniciado após a chegada de Braz, que assumiu o comando do futebol azulino no início de junho. Desde então, o Remo contratou nomes como Diego Hernández, Nathan Santos, Paulinho Bóia e Matheus Davó, além do técnico António Oliveira.