O arquipélago do Marajó, marcado pela riqueza cultural e natural, mas também por históricos de abandono e exclusão, ganhou protagonismo nesta semana. Entre os dias 25 e 26 de setembro, o município de Ponta de Pedras (PA) recebe o seminário “Marajó na COP 30“, que discute os efeitos da crise climática na região e os caminhos para adaptação e financiamento de ações prioritárias.
A iniciativa é organizada pelo movimento “Marajó Existe e Resiste“, criado para dar visibilidade às populações tradicionais da Amazônia e fortalecer sua participação nas pautas globais de justiça climática. Durante dois dias, representantes da sociedade civil, gestores públicos, cientistas e lideranças comunitárias trocam experiências e buscam construir propostas conjuntas.
O ponto alto do encontro será a elaboração de uma Carta Manifesto, documento coletivo que será levado à Conferência do Clima da ONU (COP 30), em 2025, como posicionamento oficial das comunidades marajoaras diante da crise ambiental.
A programação inclui palestras, debates e atividades culturais, como mostra fotográfica das comunidades ribeirinhas, vaqueiras e pesqueiras, além de espaço para artesanato e apresentações musicais. O objetivo é unir ciência e saberes tradicionais para dar voz aos marajoaras no cenário internacional.

Entre os resultados esperados estão o fortalecimento do turismo de base comunitária, o estímulo a políticas públicas inclusivas, o empoderamento das comunidades locais e a atração de recursos para ações de resiliência climática.
Com a COP 30 marcada para Belém no mês de novembro 2025, o seminário de Ponta de Pedras surge como um passo decisivo para garantir que o Marajó, com toda a diversidade e desafios, esteja representado nas discussões globais sobre o futuro do planeta.
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