O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “continua agindo como um imperador e fazendo ameaças ao mundo inteiro”. A declaração foi dada na abertura de uma reunião ministerial em Brasília, transmitida à imprensa.
Lula reagiu após Trump ameaçar impor consequências a países que “mexerem” com as big techs norte-americanas. Segundo o presidente brasileiro, essas empresas podem ser patrimônio dos Estados Unidos, mas não pertencem ao Brasil.
“Temos um país soberano, com Constituição e legislação próprias. Quem quiser entrar nos nossos 8,5 milhões de km², no espaço aéreo, marítimo ou na nossa floresta, deve prestar contas à nossa lei”, afirmou.
O chefe do Executivo destacou que o Brasil está aberto ao diálogo e a negociações comerciais, mas ressaltou que o país não aceitará ser tratado como subordinado. “Nosso compromisso é com o povo brasileiro”, disse.
Cenário internacional
Durante o encontro, Lula também comentou a guerra entre Rússia e Ucrânia, avaliando que o conflito estaria próximo de um fim, com líderes reconhecendo limites para a continuidade dos combates. Ele defendeu apoio internacional à reconstrução da Ucrânia.
Além disso, voltou a criticar o que chamou de genocídio na Faixa de Gaza, destacando que “mais gente morre todo dia” em decorrência dos ataques.
Reunião ministerial
Na abertura do encontro, Lula e os ministros usaram bonés azuis com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. O presidente informou que a reunião teria formato mais curto, com falas restritas a poucos integrantes: o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (PT), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secom).
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