O jornalista Evandro Corrêa, candidato a presidente do sindicato na chapa Renova Sinjor, uma das duas que concorre na eleição para a nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Pará, denunciou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) diversas irregularidades e ações que violam a liberdade e a democracia sindical durante o processo eleitoral do SINJOR do Pará. O pleito está marcado para o dia 20 de novembro.
Na sua denúncia, Evandro Corrêa, que também é editor do site O Antagônico, destaca a parcialidade da Comissão Eleitoral, que tem criado obstáculos e dificuldades para a chapa de oposição, Renova Sinjor, enquanto age de forma favorável à chapa da situação, intitulada “Sempre na Luta”. Ele alega que a diretoria do Sindicato está agindo deliberadamente para prejudicar o livre exercício da democracia sindical, restringindo o acesso a documentos e informações, em prejuízo à chapa de oposição.
A denúncia solicita a intervenção do Ministério Público do Trabalho para impedir práticas que vão contra o princípio da paridade de armas, minando a democracia e a livre escolha dos representantes para a próxima gestão do Sinjor-Pará.
Evandro Corrêa também revela que já tomou medidas legais, através dos seus advogados, para afastar a presidente da Comissão Eleitoral, a jornalista Enize Vidigal, devido a ações unilaterais que comprometem a integridade do processo eleitoral, como a proibição da jornalista Shirley Castilho de participar das reuniões sobre o pleito. Castilho foi eleita em Assembleia Geral como uma das suplentes da Comissão Eleitoral e tem sido alvo de hostilidades por parte da presidente e dos demais membros da comissão.
Outra questão levantada pelo representante da chapa Renova Sinjor é que a Comissão Eleitoral, com a aprovação de Enize Vidigal, rejeitou sumariamente os nomes de 10 jornalistas que se inscreveram em conjunto com a Renova para concorrer a cargos na Comissão de Ética e Conselho Fiscal do Sinjor. No entanto, sem questionamentos, a Comissão aprovou rapidamente os nomes de outros 10 jornalistas que se inscreveram com a chapa da situação, “Sempre na Luta”. Isso levanta suspeitas de desequilíbrio no processo eleitoral.
Evandro afirma que a Renova Sinjor já pediu uma reconsideração à Comissão, visando promover a participação de todos no processo eleitoral, mas antecipa que não espera uma resposta favorável e está se preparando para buscar uma liminar na justiça, caso seja necessário, para corrigir essas ações consideradas ditatoriais por parte da comissão.
Além disso, a denúncia apresentada inclui uma manobra realizada através de um Decreto assinado pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, que visa apoiar a candidatura à reeleição do atual presidente do Sinjor, Vito Gemaque.
Vito Gemaque, Edmilson Rodrigues e a presidente da Comissão Eleitoral, Enize Vidigal, são todos filiados ao Psol, sendo que Enize e Vito ocupam cargos na prefeitura de Belém. Isso levanta questionamentos em relação ao cumprimento do estatuto do sindicato, que proíbe a posse de membros da diretoria em cargos de chefia em órgãos públicos ou privados.
A denúncia alega que Vitor Gemaque foi nomeado como chefe de divisão na prefeitura de Belém em junho deste ano, o que deveria tê-lo afastado da presidência do Sinjor de acordo com o estatuto do sindicato. No entanto, Gemaque não apenas permaneceu na presidência como também registrou sua candidatura à reeleição em setembro, infringindo novamente o estatuto.
Contudo, três dias após a chapa Renova Sinjor entrar com pedido de impugnação da candidatura de Vitor Gemaque, o Diário Oficial do Município de Belém publicou um Decreto, assinado por Edmilson Rodrigues, retificando a nomeação de Vito Gemaque como Assessor Superior, em vez de Chefe de Divisão de Serviços Gerais da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer.
Evandro Corrêa acredita que o atual presidente do Sinjor, com a colaboração do prefeito de Belém, está tentando de forma descarada burlar o estatuto da entidade para viabilizar sua candidatura. Ele destaca que no momento da inscrição, Gemaque já ocupava o cargo, e durante dois meses recebeu salário como chefe de divisão, o que, segundo a denúncia, comprova que ele violou o estatuto do sindicato.
O jornalista adianta que está entrando com uma Ação Judicial para o afastamento imediato de Vito Gemaque da presidência do Sinjor devido a uma grave e insuperável violação do estatuto sindical.
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