Israel liberta quase dois mil prisioneiros palestinos após acordo de cessar-fogo - Estado do Pará Online

Israel liberta quase dois mil prisioneiros palestinos após acordo de cessar-fogo

Acordo incluia a devolução de reféns israelenses, retirada parcial de tropas e cerimônia de paz no Egito.

Israel iniciou nesta segunda-feira (13) a libertação de 1.968 prisioneiros palestinos, encerrando a etapa mais delicada do acordo de cessar-fogo firmado com o Hamas e mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. A trégua põe fim a quase dois anos de confrontos na Faixa de Gaza.

A medida foi executada em paralelo à entrega, pelo Hamas, dos 20 últimos reféns israelenses mantidos desde a incursão de 7 de outubro de 2023. A libertação ocorreu em duas fases: sete pessoas foram soltas no norte de Gaza pela manhã e 13 no sul, ao longo do dia. Israel confirmou que os corpos de 28 reféns mortos ainda não foram devolvidos.

Os prisioneiros palestinos deixaram as penitenciárias israelenses em dezenas de ônibus, recebidos por multidões em Gaza e na Cisjordânia. Entre os libertos há cerca de 250 condenados por assassinato e outros crimes graves, além de 1.700 moradores detidos desde o início da guerra. Segundo o Hamas, 154 desses prisioneiros foram transferidos ao Egito.

Em comunicado, o grupo afirmou ter cumprido “todas as obrigações do acordo” e voltou a acusar Israel de abusos contra detidos palestinos. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por sua vez, disse que o país “agiu com responsabilidade” e que o cessar-fogo foi firmado para garantir o retorno dos reféns.

O plano de paz apresentado pela Casa Branca prevê o recuo gradual das tropas israelenses e a redução da área de ocupação em Gaza. Uma cerimônia no Egito, com a presença do presidente norte-americano Donald Trump e de outras lideranças internacionais, deve oficializar o fim da guerra. Ainda não há definição sobre quem administrará a Faixa de Gaza nem sobre o eventual desarmamento do Hamas.

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