Idosa de 83 anos é resgatada de cárcere privado em Belém

A vítima não possuía acesso aos seus próprios rendimentos, que eram completamente controlados pelo suspeito. Além disso, os cartões bancários estavam escondidos no alto de uma parede, fora do alcance da idosa.

A equipe da Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa de Belém (Dpid) cumpriu, na última terça-feira (15), um mandado de busca e apreensão, emitido pelo Poder Judiciário, após diversas denúncias apontarem que uma idosa de 83 anos estaria sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro, de 51 anos, que foi preso em flagrante.

Chegando à residência, os agentes precisaram romper o cadeado para ter acesso ao local, já que a entrada não foi autorizada. No interior da casa, os policiais constataram uma série de irregularidades graves que confirmaram o estado de vulnerabilidade da idosa. A vítima não possuía acesso aos seus próprios rendimentos, que eram completamente controlados pelo suspeito. De acordo com as investigações, os cartões bancários estavam escondidos no alto de uma parede, fora do alcance da idosa.

Além disso, a residência apresentava condições precárias. “Não havia qualquer tipo de alimento disponível, o ambiente estava em estado avançado de deterioração, sem higiene, ventilação adequada ou manutenção mínima. A idosa, que já apresentava sinais de demência, também não recebia cuidados médicos, intensificando sua situação de abandono e negligência”, explica a delegada Vanessa Macedo, titular da Dpid.

Diante das evidências, o homem  foi preso em flagrante por cárcere privado, apropriação indébita dos rendimentos da vítima e maus-tratos. Ele foi conduzido ao sistema penitenciário, onde permanecerá à disposição da Justiça enquanto o caso segue para novas investigações.

A Delegacia de Proteção à Pessoa Idosa continuará acompanhando o estado de saúde e as condições da vítima, que deve receber os cuidados necessários. O caso chama a atenção para a crescente necessidade de atenção e proteção às pessoas idosas, muitas vezes vítimas de abusos e negligência, mesmo no seio familiar”, conclui a delegada Vanessa

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