Entre os dias 4 e 15 de agosto, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou a Operação de Transporte Aquaviário de Produtos Perigosos (TAqPP), com foco nas rotas fluviais que deságuam na baía do Marajó, no Pará. A região é considerada uma das mais sensíveis da Amazônia, por concentrar intenso tráfego de embarcações de grande porte que transportam combustíveis e outros produtos perigosos.
A ação ocorreu em Belém, Barcarena e áreas adjacentes, abrangendo o rio Guamá, o canal Furo do Arrozal e a baía do Guajará. Durante as fiscalizações, os agentes do Ibama abordaram mais de dez embarcações e quatro postos flutuantes de abastecimento. O trabalho resultou em três autos de infração ambiental, que somaram mais de R$ 22 mil em multas, além da apreensão de motobombas irregulares e embarcações em condições precárias, que transportavam milhares de litros de combustível. No total, os bens apreendidos chegam a aproximadamente R$ 2 milhões.
Segundo o Ibama, equipamentos proibidos, como as motobombas recolhidas, oferecem alto risco de incêndio e explosão, aumentando a possibilidade de tragédias ambientais em uma área vulnerável.
A baía de Marajó tem papel estratégico para o equilíbrio ecológico da Amazônia, pois recebe sedimentos dos principais rios da região e abriga rica biodiversidade. “O transporte de combustíveis nessas rotas exige rigor no cumprimento das normas de segurança, porque qualquer acidente pode gerar danos de grandes proporções para o ecossistema e para as comunidades ribeirinhas que dependem diretamente dessas águas”, destacou o Ibama em nota.
A Operação TAqPP contou com o apoio do Núcleo de Prevenção e Atendimento a Emergências Ambientais (Nupaem) do Pará e do Amazonas, do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas (Ceneac), da Marinha do Brasil e de órgãos estaduais.
De acordo com o Ibama, a fiscalização faz parte de um esforço contínuo de mais de oito anos em áreas sensíveis da Amazônia Legal, no combate a irregularidades como o desvio de combustíveis para garimpos ilegais e na prevenção de acidentes que podem comprometer o equilíbrio ambiental do arquipélago do Marajó.
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