Hospital Ophir Loyola: duas mulheres são presas por venda de leitos

A direção do Hospital Ophir Loyola instaurou uma sindicância interna para investigar a possibilidade de envolvimento de servidores da instituição na fraude.

Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará

Na noite da última quinta-feira (01), duas mulheres foram presas em flagrante no bairro Pedreira, em Belém, sob suspeita de envolvimento em um esquema de venda ilegal de leitos no Hospital Ophir Loyola, referência no tratamento de câncer no Pará. As detidas, Rosângela Costa Ferreira e Rosicleia Assunção Pantoja, são investigadas pelo crime de estelionato.

Segundo a investigação da Polícia Civil, as suspeitas cobravam R$ 5 mil pela vaga de leito, sendo R$ 2.500 pagos para garantir a vaga e o restante quando o paciente já estivesse internado. A fraude foi descoberta quando parentes de um paciente da zona rural de Cametá relataram ter sido cobrado pela vaga no hospital, que é conhecido por oferecer tratamento gratuito e especializado em oncologia.

A diretoria do Hospital Ophir Loyola notou a irregularidade e acionou as autoridades. Após a prisão, as duas mulheres foram inicialmente levadas para o sistema penitenciário do Pará, no bairro do Coqueiro. No entanto, a Justiça concedeu liberdade provisória para ambas, com a imposição de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica por um ano. Caso descumpram as condições estabelecidas, podem ser novamente presas preventivamente.

A direção do Hospital Ophir Loyola instaurou uma sindicância interna para investigar a possibilidade de envolvimento de servidores da instituição na fraude. A nota oficial do hospital esclareceu que os suspeitos não são funcionários da instituição e reforçou que todos os atendimentos e procedimentos são gratuitos e regulados pelo sistema estadual.

O hospital, que possui 252 leitos, opera com um sistema de regulação que encaminha pacientes da rede básica, ambulatorial e hospitalar de todo o Pará. As internações para cirurgias eletivas são autorizadas por meio do Cadastro de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), e todo o processo é monitorado pelo Ministério Público Estadual.

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