O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe mais clareza sobre o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF) durante a recente Cúpula de Líderes, realizada em Belém na tarde desta quinta-feira (6). A ideia, segundo ele, ganhou força por sua originalidade e inteligência, apresentando um modelo de financiamento que se distancia das doações.
Haddad explicou que o TFFF não prevê “propriamente doação de partidos e empresas”, mas sim um “aporte de capital de investidores que vão ser remunerados por uma taxa básica.” Esses recursos serão emprestados para financiar projetos definidos por seu comitê gestor.
Ele complementou falando sobre o spread. “A diferença de taxa de juros, o spread, entre o que você paga para o investidor e o que você cobra do tomador, vai servir justamente de lastro para financiar o pagamento desses serviços ambientais”, disse.
Segundo o ministro, a iniciativa envolve “uma série de compromissos dos 73 países que mantêm florestas tropicais,” estabelecendo regras claras. O Fundo prevê uma série de vantagens para quem zera o desmatamento, incentivando a desempenho ambiental positiva.
“O modelo também inclui ‘penalidades, por assim dizer, ou uma diminuição do aporte’ para quem não cumprir o requisito de desmatamento zero. Por fim, haverá um olhar muito atento para as comunidades locais que preservam o meio ambiente, reconhecendo e financiando seu papel essencial”, finalizou.
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