O governo de Israel deportou nesta segunda-feira (6) a ativista sueca Greta Thunberg e outros 170 ativistas, após a interceptação de uma flotilha com mais de 40 barcos que se dirigia à Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores israelense classificou os participantes como “provocadores” e afirmou que todos os direitos legais foram respeitados.
Segundo o governo israelense, os deportados são de diversas nacionalidades europeias e dos Estados Unidos. Brasileiros que integravam a flotilha permanecem detidos em Israel, de acordo com o Itamaraty. Até o momento, cerca de 340 ativistas foram deportados, de um total de quase 450 detidos.
A flotilha tinha como objetivo levar ajuda humanitária aos palestinos em Gaza e chamar atenção para o sofrimento causado pela guerra entre Israel e Hamas, conflito que completará dois anos na terça-feira (7). O confronto começou após um ataque terrorista do grupo palestino em território israelense, que resultou em mais de 1.200 mortos e cerca de 250 reféns. Desde então, a guerra gerou uma grave crise humanitária, deixando mais de 67 mil mortos e quase 170 mil feridos em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde local, confirmados pela ONU.
A interceptação da flotilha gerou condenação internacional, e o governo Lula denunciou Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU pela ação. Israel defendeu que a deportação dos ativistas seguiu todos os trâmites legais, apesar de relatos de que alguns detidos, incluindo Greta, teriam resistido a agilizar a saída do país.
O episódio reforça a tensão sobre a crise humanitária em Gaza e aumenta a pressão internacional sobre o governo israelense em meio ao bloqueio terrestre, marítimo e aéreo no território palestino.
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