A sessão de abertura do terceiro ano legislativo da 61ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) nesta terça-feira (4), deu início aos trabalhos de 2025, com um evento solene que contou com a presença de representantes dos três poderes, reforçando a união entre as esferas da administração pública.
A cerimônia foi iniciada com a execução do hino nacional, e estiveram presentes na mesa de abertura nomes como o Desembargador Roberto Moura, presidente do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), o governador Helder Barbalho (MDB), o Procurador-Geral de Justiça, César Mattar, o novo Procurador-Geral de Justiça, Alexandre Tourinho, a defensora pública Mônica Belém, e o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, Luís Cunha, além da vice-governadora Hana Ghassan (MDB).
Governador Helder Barbalho destaca o potencial histórico do Pará
O governador Helder Barbalho iniciou sua mensagem com um cumprimentos aos deputados e ressaltou a importância histórica do momento vivido pelo estado. O governador afirmou que 2025 representa um “ano da Amazônia”, enfatizando a realização da COP 30 em Belém, evento que, pela primeira vez, ocorrerá no Brasil e na região amazônica. Para Barbalho, a realização da conferência em Belém não só coloca a Amazônia em posição de protagonismo no cenário mundial, mas também coloca o estado como líder no enfrentamento dos desafios ambientais globais.
“O Pará será o local que pode determinar o futuro da humanidade. Estamos preparados para o desafio do amanhã, com um legado que ecoará por gerações”, afirmou o governador. Ele comparou o momento ao ciclo da borracha, ressaltando o impacto duradouro que a mobilização para a COP 30 terá para o desenvolvimento da região. A realização do evento, segundo ele, é uma oportunidade para impulsionar políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável, com foco na bioeconomia e na preservação da floresta.
Avanços no desenvolvimento sustentável e investimentos em educação
Helder Barbalho destacou também a importância das políticas públicas que têm sido implementadas desde 2019, como o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento da Amazônia Legal e o Plano Estadual Amazônia Agora. Ele frisou que o estado tem se preparado para o futuro com um planejamento voltado à bioeconomia, economia de baixo carbono e à criação de “territórios sustentáveis”, apoiando cadeias produtivas locais.
No âmbito da educação, o governador falou com entusiasmo sobre os avanços alcançados pelo estado. Em 2024, o Pará passou de 29º para 6º lugar no ranking nacional de qualidade do ensino. Barbalho revelou que, para 2025, o estado alocou 9 bilhões de reais para a área da educação, com um aumento de 31% nos investimentos, e destacou o aumento na frequência escolar e a redução da evasão. “Queremos um estado em que todos tenham oportunidades iguais”, enfatizou.
No entanto, a educação paraense vive uma grande crise. Indígenas de diversas etnias estão há 21 dias acampados na sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), protestando pela revogação da Lei 10.820/2024, que altera de forma significativa o Estatuto do Magistério.
Protesto ocorrem na frente da Alepa, com muito empurra empurra entre indígenas, policias e profissionais da educação.
O desafio da saúde e projeções para a economia do Pará
Na sequência, o governador mencionou a importância do desenvolvimento econômico, especialmente o impacto da COP 30 na criação de novos mercados e oportunidades para o Pará. Ele reforçou a necessidade de avançar em projetos que envolvam a bioeconomia e a sustentabilidade como base para uma nova matriz econômica. A redução de emissões de carbono, aliada a investimentos em infraestrutura e educação, é vista como o caminho para um futuro próspero para os paraenses.
Ao final, Barbalho concluiu seu discurso lembrando que o estado tem investido fortemente em áreas como saúde, com a expansão das Usinas da Paz, e na criação de uma economia baseada na preservação e no uso sustentável da floresta, com foco na bioeconomia e no desenvolvimento de produtos que respeitem o meio ambiente.
O ano de 2025, conforme o governador, é um marco para o Pará e a Amazônia, uma região que, segundo ele, desempenhará um papel central na construção de um futuro mais sustentável e justo para todos.
Oposição
Pelo lado da oposição, o presidente da casa escolheu o deputado Neil (PL) para discursar. No entanto, o parlamentar fez poucas críticas ao governo e concentrou seu discurso, sobretudo, em obras de infraestrutura e segurança pública, destacando, nesta última, a reivindicação pelo aumento de salário para os policiais militares.
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