A Federação Paraense de Futebol (FPF) negou o pedido de renúncia contra o presidente da entidade, Ricardo Gluck Paul, feito nessa terça-feira, 29, pelo então vice-presidente da atual gestão, Reginaldo Souza. Em nota, a FPF explicou ter recebido, via protocolo, a “solicitação formal” para a saída de Gluck Paul do comando da entidade.
Após análise criteriosa, concluímos que a comunicação não possui qualquer respaldo jurídico ou amparo estatutário. Diante disso, a solicitação será devidamente devolvida ao requerente, acompanhada de negativa formal”, diz a nota da FPF.
Ao longo dessa terça-feira, 29, o ex-presidente do Paysandu e atual presidente do Santa Rosa, Luiz Omar Pinheiro, divulgou uma série de denúncias contra a gestão de Ricardo Gluck Paul na FPF. Além disso, o vice-presidente da FPF, Reginaldo Souza, alegou que, amparado pela Lei Geral do Esporte, Ricardo não poderia acumular funções na Federação Paraense de Futebol e na Confederação Brasileira de Futebol.
Em nota, a FPF classificou como “interpretação equivocada” da Lei Geral do Esporte. A entidade disse ainda que a situação é “um ato de má fé ou, no mínimo, de extrema ignorância”, alegando que o caso levantado pelo vice-presidente Reginaldo Souza “não se aplica à situação atual” com base na norma da LGE.
Lamentamos profundamente a sorrateira tentativa de distorcer legislações e criar narrativas enganosas para justificar pedidos de renúncia. É um ato de má-fé — ou, no mínimo, de extrema ignorância — a interpretação equivocada do artigo 208 da Lei Geral do Esporte. A referida norma tem como objetivo evitar que dirigentes de clubes exerçam funções reguladoras em entidades às quais seus clubes são filiados, o que configuraria conflito de interesses. Isso, evidentemente, não se aplica à situação atual”.
Invocar o Estatuto da CBF para defender teses sem base jurídica é uma tentativa explícita de criar confusão. O texto vigente, promulgado em 2017, não contém qualquer impedimento à participação de presidentes de federações estaduais em cargos diretivos da entidade. Pelo contrário, trata-se de uma prática legítima e antiga, que fortalece o vínculo federativo e contribui para uma CBF plural e representativa”, completou a nota.
Na presidência da Federação Paraense de Futebol (FPF) há pouco mais de três anos, Ricardo Gluck Paul foi eleito em junho de 2022. Na época, ele disputou o cargo contra Paulo Romano, então candidato da situação. Em junho deste ano, ele integrou a chapa de Samir Xaud na CBF e foi eleito vice-presidente da entidade máxima do futebol brasileiro.
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