Filme paraense é selecionado para o Festival Cine Lapinhô em Minas Gerais

O festival Cine Lapinhô acontece de 14 a 18 de agosto de 2024 em Lapinha da Serra, Minas Gerais.

Foto divulgação

O filme “Viagens para o Interior: Vila do Cocal”, produzido em São Sebastião da Boa Vista, na Ilha do Marajó, foi escolhido para integrar a Mostra “Quando os Mundos se Encontram” no Festival Cine Lapinhô, que ocorrerá de 14 a 18 de agosto de 2024 em Lapinha da Serra, Minas Gerais.

O protagonista do filme é Josué Castilho França, um caboclo ribeirinho marajoara, cuja história foi destacada pelo Edital Mergulho 2023 da FCP, administrado pela Casa das Artes.

“Contar minha história como caboclo ribeirinho marajoara foi uma experiência transformadora, mergulhando profundamente na minha visão artística enquanto contribuo para o cenário cultural e audiovisual do Pará”, disse Josué.

O Edital Mergulho 2023 teve como objetivo incentivar a produção audiovisual em diversas regiões da Amazônia Paraense e fortalecer a Casa das Artes como um centro cultural. A premiação incluiu exibições presenciais e streaming, com acesso gratuito pelas redes sociais da FCP e da Casa das Artes.

“Viagens para o Interior: Vila do Cocal” é uma obra que combina intervenções performáticas, cultura ribeirinha, teatro, poesia, elementos visuais e as experiências pessoais de Josué Castilho França. Este curta-metragem oferece uma nova perspectiva sobre a arte e a cultura amazônicas, celebrando as narrativas caboclas de ancestralidade e identidade amazônica.

Inspirado pela poética do imaginário de João de Jesus Paes Loureiro, o filme convida o público a explorar as semióticas amazônicas e temporalidades anacrônicas, revelando o invisível através de tradições, cultos, saberes, poesia e ancestralidade. A narrativa mistura performances experimentais, depoimentos e cenas cotidianas, criando uma imersão no universo ribeirinho sob a perspectiva única de Josué Castilho.

Sinopse:
Josué Castilho França nasceu e cresceu em uma comunidade ribeirinha às margens do Rio Pará, no município de São Sebastião da Boa Vista, na Ilha do Marajó. Sua relação profunda com esse lugar é o ponto de partida para uma jornada pessoal. Aos 14 anos, Josué parte para a cidade grande, enfrentando um choque cultural. Anos depois, em busca de respostas, ele retorna à sua origem, fazendo uma viagem de volta ao seu interior.

Este filme representa não apenas uma obra audiovisual, mas também um testemunho poderoso da vida e da cultura ribeirinha, apresentando ao público uma visão única e autêntica da Amazônia Paraense.

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