Moradores do Residencial Porta do Sol, localizado no bairro do Marco, em Belém, vivem há três semanas sob o medo constante de ataques criminosos. Segundo relatos, homens armados têm ido até a entrada do condomínio durante a madrugada e efetuado diversos disparos de arma de fogo.
A denúncia foi feita com exclusividade ao portal Estado do Pará Online (EPOL). De acordo com os moradores, o clima de tensão é tão intenso que as cinco casas do residencial estão desocupadas — todos os moradores deixaram o local com medo de novos ataques. O caso foi registrado na Polícia Civil, mas, até o momento, ninguém foi preso.
“Estamos com muito medo. Queremos que a polícia leve a investigação a sério. Por pouco as balas não atingiram nenhuma criança. Os carros ficaram com marcas de tiros”, contou uma moradora, que preferiu não se identificar.
Imagens de câmeras de segurança obtidas com exclusividade pelo EPOL mostram o momento em que criminosos chegam ao local e disparam diversas vezes na direção das residências e veículos.
Suspeita de motivação
Os moradores acreditam que os ataques estejam relacionados a um ex-companheiro de uma das moradoras, que já foi preso e condenado por tráfico de drogas em 2023, em um caso de grande repercussão. Segundo relatos, ele teria ameaçado a ex-esposa após descobrir que ela reatou um relacionamento e anunciou uma nova gravidez.
Após o anúncio do casamento civil do casal, em 2025, começaram os ataques. O primeiro disparo aconteceu na véspera da cerimônia, com a bala atravessando o portão e atingindo a parede da residência. Em seguida, mais disparos ocorreram em diferentes momentos, inclusive na casa dos pais do atual companheiro da mulher, em Igarapé-Miri.
O caso mais recente foi registrado na madrugada da última segunda-feira (29), por volta de 1h30, quando ao menos seis tiros foram disparados contra o portão do condomínio. Os moradores precisaram se mudar às pressas e pedem ajuda urgente das autoridades.
“Estamos em pânico. Vivemos escondidos, com medo constante. Queremos justiça e segurança para nossas famílias”, relatou outra moradora.
A equipe do EPOL entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda posicionamento oficial sobre as investigações.
Leia também:
Deixe um comentário