Ex-secretário detido em operação da PF tem esposa indicada para o conselho do TCM

O ex-secretário do governo de Helder Barbalho (MDB) foi preso pela Polícia Federal em 2020, na operação S.O.S, que apurava desvios de recursos públicos da Saúde durante a pandemia, inclusive no Pará.

Reprodução. Ann pontes foi indicada ao TCM.

Na manhã da última terça-feira (7), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) confirmou a indicação de Ann Pontes para concorrer a uma vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Município (TCM).

A polêmica que envolve a indicação é o fato de Ann Pontes ser esposa do ex-secretário de Helder Barbalho (MDB), Parsifal Pontes.

Reprodução/Web. Parsival Pontes já foi secretário de Helder Barbalho.

O ex-secretário do governo foi preso pela Polícia Federal em 2020 na operação S.O.S, que apurava desvios de recursos públicos da Saúde durante a pandemia, inclusive no Pará.

Parsifal foi apontado como um dos principais responsáveis por estruturar e operacionalizar um esquema de fraudes em licitações dentro do governo.

A indicação de Ann Pontes foi feita pelo deputado estadual Gustavo Sefer (PSD) no último dia 9 de abril e protocolada junto ao presidente da CCJ, o deputado Eraldo Pimenta (MDB).

Esposa de Helder Barbalho no TCE

Vale ressaltar que a primeira dama Daniela Barbalho, foi eleita conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em março de 2023, em documento assinado pelo deputado estadual Chicão (MDB), já que Helder Barbalho estava em agenda nos Estados Unidos.

Reprodução/Instagram. Esposa de Helder Baralho é conselheira do TCE.

Indicação de primo ao TJPA

Além disso, o governador nomeou, também no ano passado, o primo Alex Pinheiro Centeno para um cargo no Tribunal de Justiça do Estado (TJPA). Vale ressaltar que Alex Centeno é filho de Camilo Centeno, presidente em exercício do Grupo RBA, conglomerado de comunicação da família Barbalho.

Reprodução/Instagram. Alex Centeno é primo de Helder Barbalho.

Repercussão nacional

Um reportagem do Estadão mostrou que Helder Barbalho nomeou 20 pessoas cargos no governo do Estado em vagas estratégicas ao custo de quase meio milhão de reais por mês em salários. O caso circulou além do jornal paulista, em vários outros veículos de comunicação nacionais.

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